Vidas castradas: Paulo Pires assume que a pandemia “castigou” as filhas

Paulo Pires revela como viu as filhas privadas de diversas experiências devido à pandemia da COVID-19. O ator conta ainda como está a lidar com a maioridade da filha mais velha.

30 Out 2021 | 8:13
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Paulo Pires testou positivo à COVID-19 em agosto deste ano. O ator, que em breve vai regressar à antena da TVI, na pele do bígamo Tozé, em “Para Sempre”, confessa que viu as suas filhas privadas de muitas experiências por conta da pandemia, sobretudo Chloë, que completou 17 anos em junho.

“É muita proibição. Eu percebo-a. Defendi que era necessário ficar em casa, e ela é muito consciente, todos nós incutimos isso em casa, que era preciso estar em casa, e elas próprias, até mais novas, inclusive, tiveram essa noção. Mas ficaram coisas por viver”, reitera.

Sobre o facto de ser pai de uma jovem adulta, Paulo Pires revela que tem vindo a preparar-se para isso ao longo dos tempos. “Já lhe disse que não sei bem como é ser pai de uma maior de idade… é a minha filha mais velha. Mas gosto imenso da forma de estar com ela”, diz, sublinhando: “Não é possível ser um pai completamente tranquilo hoje em dia. Acho que nunca foi. Mas agora com esta história da pandemia, que além de todas as outras coisas que fez, foi castrar a vida das pessoas, e uma criança começar a pandemia com 15 e sair quase maior de idade é duro, e fica muito por fazer.”

 

Paulo Pires em “personagem popular muito desbocada”

 

Prestes a estrear “Para Sempre”, Paulo Pires, um dos protagonistas da nova trama, lamenta o facto de a novela ir para o ar com as gravações já finalizadas. “Tenho pena, porque tenho curiosidade de ver. Estou mesmo curioso. Nunca me aconteceu fazer uma novela e fechá-la completamente sem ver. Mas acho que a pandemia obriga a algumas mudanças e esta será eventualmente uma delas.”

Apesar disso, o ator adianta que esta foi uma das tramas onde mais se divertiu. “Diverti-me como há muito tempo não me divertia em televisão. Às vezes, nas novelas, quando o cansaço se instala, podemos perder aquela chama e esta manteve-se sempre. Tive muita vontade de fazer esta personagem. Nada exausto. Também consegui fazer umas férias no meio. É uma personagem popular muito desbocada, muito infantil ao mesmo tempo. O que me fascina não é o facto dele ter duas mulheres [N.R.: protagonizadas por Sara Prata e Susana Mendes], ele nem é um malandro, é só um tipo meio infantil.”

 

Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1806 da TV 7 Dias)

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