“Vergonha alheia”. Jornalista da SIC gera onda de indignação por atrapalhar bombeiros

Jornalista da SIC estava a fazer uma reportagem em direto sobre o combate aos incêndios quando foi alertada que o carro da estação estava a atrapalhar os bombeiros.

15 Jul 2022 | 19:50
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A SIC passou por um momento insólito durante o “Primeiro Jornal” desta quarta-feira, 13 de julho, quando estava a reportar o incêndio que deflagrou em Ourém. A jornalista Marta Sobral estava no terreno quando foi avisada de que o carro de reportagem do canal estava a atrapalhar o combate às chamas. A resposta que deu está a gerar revolta.

“Várias pessoas estão a tentar combater as chamas, nomeadamente este senhor disse que vai buscar água num trator. É isso?”, perguntou a jornalista da SIC a um habitante local. “É isso. Mas tem que tirar o vosso carro dali que está a estorvar”, respondeu o homem. “Muito bem. Muito obrigada, assim o faremos para segurança de todos, logo que possível, logo que terminemos este direto”, atirou Marta Sobral.

O direto na SIC terminou às 13h17, quatro minutos depois de o habitante ter alertado a jornalista. Os espectadores não perdoaram a estão indignados. “Tenho vergonha alheia”, “Completa irresponsabilidade, nem sei como têm autorização quando não têm utilidade nas operações, pelos vistos só atrapalham”, “A falta de noção, de respeito, de humanidade” ou “Retira o carro quando acabar o direto? Eu atirava-lhe o carro encosta abaixo” são algumas das reações que se podem ler nas redes sociais.

Veja aqui o momento:

 

Jornalista da TVI chora em direto: “Não deviam fazer essa pergunta”

O jornalista da TVI António Pereira Gonçalves não conteve a emoção ao ver a Freixianda, sua terra natal, envolta em chamas. O repórter preparava-se para entrar em direto dessa zona do concelho de Ourém quando desabou em lágrimas e revelou ter chegado a pedir ao canal para não trabalhar.

Tudo começou quando José Carlos Araújo, pivô do “Jornal da Uma” da TVI, introduziu a conversa, referindo os laços familiares do jornalista ao local. “Alguém falava da ajuda que o teu irmão deu no combate a estes fogos. (…) Tu também és um homem da terra. Como é que tens estado a olhar para isto do ponto de vista pessoal e a ouvir pessoas que, provavelmente, tu bem conheces?”, perguntou.

António Pereira Gonçalves emocionou-se e, com a voz embargada, respondeu: “Zé Carlos, essa pergunta mata-me. Não deviam fazer essa pergunta. Eu ontem pedi para não trabalhar… Eu tenho um pequeno terreno de nogueiras que estava na linha de fogo. Estive lá até às 11 horas. Aquilo não é nada comparado com o que esta gente perdeu. Não é absolutamente nada. Mas dá para perceber aquilo que esta gente sofre, aquilo que se perde com isto”.

Leia mais aqui.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução SIC
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