SIC, TVI e CMTV aliam-se e partilham jornalistas durante pandemia. RTP justifica-se

«Por questões de segurança e saúde publica», SIC, TVI e CMTV deram início a uma sinergia que permite que uma única equipa esteja ao serviço dos três canais. A RTP mantém-se disponível para ajudar.

24 Mar 2020 | 20:10
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Não é uma situação inédita, mas é de notar. A fim de evitar aglomerados em conferências de imprensa, a SIC, a TVI e a CMTV estão a dividir meios humanos e técnicos. É mais uma medida de prevenção a novos casos de contágio pelo novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19 e que, em Portugal, já foi diagnosticado em 2362 pessoas, 33 das quais acabaram por morrer.

«Conforme houve noutras situações, como no debate instrutório de José Sócrates, existe agora uma interajuda entre canais, nomeadamente entre SIC, TVI e CMTV. Isto acontece sobretudo por questões de segurança e saúde publica», conta à TV 7 Dias uma fonte ligada a uma destas estações.

Assim, os canais «dividem-se entre conferências de imprensa». Isso mesmo foi possível notar já esta terça-feira, 24 de março, quando, na habitual conferência de imprensa promovida pela Direção-Geral de Saúde (DGS), uma jornalista da CMTV afirmou estar também «ao serviço da SIC e da TVI».

 

 

Se, na atualização da DGS do boletim com a situação epidemiológica em Portugal, foi a CMTV a estar presente no local, coube à TVI representar os três canais na sede do Infarmed, onde várias entidades, nomeadamente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, se juntaram para debater a propagação da Covid-19 em Portugal. À noite, apurou ainda a nossa revista, será a SIC a estar no Ministério da Administração Interna.

A TV 7 Dias pediu uma reação oficial à RTP, no sentido de perceber se esta ficou de fora da iniciativa levada a cabo por privados por opção própria. Numa resposta enviada por escrito, esta garante que «não ficou de fora» e usa como justificação os compromissos que assumiu, quer para orgãos nacionais quer internacionais.

«A RTP ofereceu-se e é diariamente host de vários canais. Fornecemos gratuitamente, todos os dias, o sinal desta e de outras conferências de imprensa a canais nacionais e estrangeiros, como por exemplo a Reuters ou a Associated Press. Temos igualmente compromissos de serviço público que asseguramos, não apenas no Continente, mas também nas regiões autónomas e junto das comunidades de portugueses», lembra.

O operador público de média confirma ainda que «foi contactada pela Direção-Geral de Saúde e que manifestou a sua disponibilidade» para esta sinergia, «que se mantém».

 

Redações a meio gás

 

Esta não foi, contudo, a única medida levada a cabo pelas privadas com o intuito de prevenir a propagação de casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus. Desde que foi decretado estado de alerta em Portugal, pelo menos a SIC e a TVI iniciaram uma rotatividade de equipas, estando as suas redações a meio gás. Essas equipas asseguram a Informação durante uma semana, sendo depois substituídas por novas. Os profissionais que terminam uma semana de trabalho entram imediatamente em quarentena voluntária.

Já no caso da RTP, o número de jornalistas a trabalhar na redação e no terreno «é variável». No entanto, afirma fonte oficial à TV 7 Dias, «a RTP tem as suas equipas divididas em dois grupos distintos, um em casa e outro na redação.»

O regime de teletrabalho também está a funcionar em força nos canais privados, não só na Informação como em vários departamentos.

 

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Texto: Dúlio Silva; Fotografias: Arquivo Impala

 

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