Bastidores: Segurança de José Mourinho apanha paparazzi em flagrante

José Mourinho jantava com os dois filhos quando o segurança apanha um paparazzi em flagrante. O que ele não esperava era que o conteúdo das fotografias metessem Cristiano Ronaldo ao barulho.

17 Mai 2020 | 9:50
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Um paparazzi não ganhou para o susto quando o segurança de José Mourinho o apanhou em flagrante e lhe roubou a máquina. Só que o segurança também ficou surpreendido com as fotografias que viu.

Leia mais esta história de bastidores ocorrida com uma equipa da TV 7 Dias e que começou uns dias antes Gerês, quando Cristiano Ronaldo ainda lá tinha casa e namorava com Irina Shayk. Está tudo ligado com José Mourinho e já vai perceber o motivo.

A barragem da Caniçada, no Gerês é um dos sítios mais bonitos que Portugal tem no seu mapa e onde, desde 2011, Cristiano Ronaldo tinha casa. O seu super agente, Jorge Mendes, mora ainda na margem oposta do rio Cávado.

Decorriam as férias de verão de 2013, quando tivemos conhecimento de que o jogador, então no Real Madrid, lá tinha chegado, juntamente com a sua família e a da ex-namorada, a russa Irina Shayk. E lá fomos.

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A casa que à data era de Cristiano, hoje do jogador Pepe, fica junto ao rio mas apenas é visível da margem esquerda do Cávado. E era de lá que paravam os carros, numa autêntica romaria à casa de férias do melhor do Mundo.

Havia inclusivamente um habitante local que passava o tempo a controlar a vida do vizinho famoso e que nos ensinou os hábitos deste. Lá nos contou que Cristiano se levantava cedo, tomava o pequeno-almoço e que depois de passar pelo ginásio que tem em casa, se dirigia à piscina onde passava o resto da manhã.

Mas sabia mais coisas. Contava ainda que, após o almoço, Cristiano Ronaldo costumava dormir uma sesta, pois os estores do seu quarto baixavam durante duas horas. Só voltavam a subir por volta das quatro da tarde.

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Mais, segundo fontes próximas do mesmo, um dos passatempos da família Aveiro era observar os paparazzi, que estavam na encosta em frente à casa, através das câmaras de segurança da habitação.

De facto, durante a nossa paragem naquele local, os Aveiro saíram de casa, precisamente na altura em que estava toda a imprensa presente. E isso só aconteceu dois dias depois de lá termos chegado, mais precisamente ao fim da tarde.

E tudo muito organizado. Primeiro Cristiano e Irina, mais Cristianinho, o filho do jogador. Logo atrás vinha a família de ambos. E seguiu-se um passeio de barco. Parece que afinal a sabedoria popular não falha.

Nessas mesmas férias, quem também lá estava era o superagente, Jorge Mendes, que foi visitado por Ronaldo e Irina, depois do passeio vespertino pela barragem da Caniçada.

Como não deu para apanharmos devidamente Jorge Mendes e a família, as fotos não chegaram a ser publicadas. Mas guarde esta informação para a história que se segue.

A surpresa de José Mourinho ao jantar

Depois de Ronaldo ter sido apanhado em férias, recebemos a informação que José Mourinho estava em Portugal. Estávamos no início de julho de 2013 e a época de verão é sinónimo de férias no Algarve das nossas figuras públicas.

O atual treinador do Tottenham tinha chegado há poucos dias a Portugal e encontrava-se na sua terra Natal: Setúbal. Mas sempre que pode, o Special One gosta de ir ao Algarve, onde possui casa na zona do Carvoeiro.

No dia em que estamos a descer para o sul, ao fim da tarde, somos avisados por colegas que o Mourinho tinha saído da sua vivenda, de carro e que tinha entrado na A2 rumo ao sul.

E já que íamos para baixo, decidimos confirmar se o treinador estava de facto naquelas paragens. Duas horas e meia de caminho depois chegámos à zona onde Mourinho se instala, no Ferragudo.

«Lá estava ele com os filhos e com uma quarta pessoa: o segurança pessoal.»

Já era hora de jantar e por isso, o restaurante que costuma frequentar, junto à praia dos Caneiros, era um bom ponto de partida. E melhor não podia ter acontecido. Lá estava ele com os filhos e com uma quarta pessoa: o segurança pessoal.

Ir pedir ao treinador uma fotografia redundaria mais do que provavelmente num “não”, por isso, nada como nos armarmos em paparazzi.

A fotógrafa estava de saias e o momento exigia uma subida à falésia em frente ao restaurante. O repórter, a quem muitas vezes os fotógrafos apelidam de “canetas”, pede-lhe a máquina e lá vai ele barranco acima.

Alguns minutos e umas arranhadelas depois, lá chega ele ao local certo e começa a fotografar Mourinho e a prole, à mesa. Estranhamente, o segurança já lá não estava.

«calma que estava só a fotografar o treinador.»

Conta o jornalista da TV 7 Dias que achava na altura que o dito teria ido à casa de banho. Tinha, tinha. Já com alguns disparos efetuados e com a fotógrafa à espera dentro do carro, nenhum dos dois se apercebeu que tinham companhia.

De repente, o jornalista/fotógrafo vê um vulto a correr monte acima. Apercebe-se logo de que tinha acabado de se estrear no lote dos apanhados pelo segurança de Mourinho. Na iminência de experimentar a mão pesada do “guarda” do Special One, o repórter levanta-se e grita: «calma que estava só a fotografar o treinador».

O homem aproxima-se mais calmo e, quando se pensa que vai «aviar cartuxo», pára. Afinal limita-se a tirar a máquina das mãos do assustado jornalista, virando-lhe costas de seguida.

«Fui apanhado e o gajo levou-me a máquina…»

Sem máquina, este desce e junta-se à fotógrafa no carro, que estava estacionado no parque da praia. «Fui apanhado e o gajo levou-me a máquina. Tu não o viste subir?», pergunta à colega, que se livrou de boa por estar de saias. Esta responde-lhe que não.

Ficam ali uns 10 minutos a questionar se ligam à polícia para participar um roubo ou se vão ao restaurante pedir a máquina de volta? É que se fotografar uma figura pública num local público,  aos olhos da lei, é coisa perfeitamente legal.

E neste faz não faz, eis que o segurança dá sinal de vida. «O senhor e só o senhor, chegue aqui. Deixe estar aí a senhora e venha cá», grita ele ao fundo.

«Como é que vocês sabiam que ele estava aqui?»

O jornalista aproxima-se para recuperar a máquina e nota uma expressão de admiração no homem. «Como é que vocês sabiam que ele estava aqui?», pergunta ele com cara de poucos amigos – melhor, de quem não tem mesmo nenhuns.

Explicaram então que sabiam que Mourinho costumava estar ali de férias, mas que tinha sido apenas coincidência. Ele não acredita e já explicamos o motivo. «Agora vem comigo buscar a máquina ali abaixo e não lhe dirige a palavra», atira ele.

A máquina estava no carro de Mourinho, já com este e com os filhos lá dentro, prontos a arrancar. O segurança tira-a de lá de dentro, entrega-nos a dita e, sem mais um piu, vira costas e vai-se embora.

«Os dois profissionais perceberam finalmente o ar de espanto do segurança»

De volta ao carro abrimos a máquina e as fotografias tiradas ao jantar tinham sido todas apagadas. Mas de repente fez-se luz e os dois profissionais perceberam o ar de espanto do segurança. É que naquele cartão de fotografias não estavam só as do jantar. Estavam igualmente as férias do Cristiano Ronaldo com Irina e de Jorge Mendes, o seu agente, no Gerês.

Havia ali um elo de ligação, porque o super agente do melhor do Mundo é o mesmo de José Mourinho. Mas foi apenas uma feliz coincidência para nós.

Já no hotel, com as fotografias recuperadas, é pedido aos dois repórteres para voltarem ao local no dia seguinte, para tentarem fazer as férias do Mourinho na praia.

E de manhã cedo lá vão eles para a praia. Depois de algumas horas à espera no parque, eis que chega a carrinha que transporta a família Mourinho.

«Asseguradas as fotografias ao perto, o zoom da máquina fez o resto»

Saímos a correr e a fotógrafa, disfarçada de turista, faz uns disparos com a máquina embrulhada numa t-shirt. O jornalista, chama-a para a casa de banho que dá acesso à praia e diz-lhe que dali dá para fotografar melhor.

E pronto, lá são feitas fotos com Mourinho de alcofa na mão e chinelo de praia nos pé. E ainda deu para ouvi-lo perguntar aos filhos o que queriam pedir para comer na praia? «sandes», pediram eles.

Asseguradas as fotografias ao perto, o zoom da máquina fez o resto. Do cimo de uma falésia, numa ponta oposta ao local onde o treinador passou o dia, deu para tudo.

Ele foram banhos, e um simpático passeio à beira-mar, na nossa direção, que deu para captar ao melhor nível. E tudo isto sempre feito com um olho no míster e outro no segurança, não fosse o diabo tecê-las. Este pode dizer-se que foi um dos trabalhos que nos saiu do pêlo.

Texto:Luís Correia; Fotos: Impala e D.R.

 

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