Santiago Lagoá enveredou pelo ramo empresarial e abriu recentemente uma sapataria no centro histórico de Guimarães. “Não é a primeira experiência. Tive uma quando era mais novo, mas, como qualquer experiência que temos quando somos mais novos, correu terrivelmente mal. Tinha 20 e poucos anos, mas foi entrar e sair”, lembra, entre gargalhadas, à TV 7 Dias.
Agora, criou “um plano B” para “começar a criar condições além da televisão”. “Não foi uma ideia que demorou muito a ser construída. Foi tudo muito rápido”, afirma o apresentador da TVI, explicando o motivo pelo qual apostou numa sapataria: “Foi um caminho que me pareceu ter capacidade de expansão. As marcas não são minhas, mas tenho acesso a várias marcas. Isso possibilitou este modelo de negócio.”
A cidade em que está localizado o negócio também não foi escolhida ao acaso. “Não moro em Guimarães, mas desenvolvi uma ligação afetiva a esta cidade”, refere Santiago Lagoá. E tudo aconteceu na sequência de uma ida do programa “Somos Portugal”, de que é um dos anfitriões, ao berço da nação: “Fui tão bem recebido que se criou uma ligação à terra.”
A reação dos vimaranenses à sapataria “está a ser muito boa”. “Espero que seja a primeira de muitas sapatarias, porque a ideia é crescer”, anseia Santiago Lagoá, que entra a solo neste negócio. “O que não dá medo na vida? As coisas que nos dão medo são as coisas que nos fazem crescer. A televisão também me dava muito medo. Claro que há riscos e os riscos têm de ser medidos. Pensamos no medo, mas também podemos pensar de outra forma: e se corre bem?”, questiona.
Em televisão, o apresentador ambiciona novas oportunidades. “Gostaria de experimentar um bocadinho de tudo. Chegando aos 40, claro que começamos a querer mais trabalhos e mais desafios. Acredito que isso é perfeitamente legítimo. Se, amanhã, me derem mais um desafio, vou abraçá-lo com toda a força. E preciso! Eu preciso de mais um desafio! Creio que isso é transversal a qualquer apresentador que queira melhor e que queira crescer, mas há decisões que não passam por nós”, diz, admitindo que já expressou essa ambição à direção da TVI: “Já manifestei o meu interesse várias vezes em poder ter outras oportunidades de fazer outras coisas. Infelizmente, ainda não foi possível, mas também temos de perceber que as direções não têm apenas um apresentador. Têm um leque de apresentadores e têm toda uma estratégia que muitas vezes nós desconhecemos e que temos de respeitar.”
