Rosinha revela lado solidário: «O meu foco são OS ANIMAIS E OS IDOSOS»

Rosinha, a célebre intérprete da música popular portuguesa relatou quais são os seus hábitos no Natal. Um dia que gosta de celebrar a união familiar, sem nunca esquecer a sua «bicharada».

24 Dez 2018 | 7:20
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O Natal está a chegar e com ele vem o espírito de entre-ajuda, solidariedade e generosidade. Estes são alguns dos valores presentes nesta altura e que na maior parte do ano são esquecidos. Porém, Rosa Maria, a “nossa” Rosinha, faz questão de recordar que as boas ações devem-se estender aos restantes meses do ano.

 

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«Nem sempre pode ser tudo cor-de-rosa, mas o Natal não deve ser apenas celebrado nesta altura.» Para a intérprete dar tornou-se obrigatório. Mais que uma filosofia de vida é um dever: «Durante o ano o meu foco são os animais e os idosos, que nem sempre têm muita atenção e cuidados e como tal costumo frequentar alguns lares. Já o fiz mais do que agora, porque uns familiares tinham uma casa de repouso, e estava mais presente porque era perto de mim, e eu fazia questão de lá passar todos os dias para dar um alô. Além disso, os idosos não permitiam que viajasse sem lhes dizer se não ralhavam comigo», relata sempre com um sorriso estampado no rosto.

«Como era perto, pegava no acordeão e lá ia cantar e brincar com eles. Dava-lhes comida, trocava fraldas, que não me incomoda minimamente. Mas é muito pesado. Além do sofrimento das pessoas, o problema maior muitas vezes é a solidão, o abandono. No que toca aos animais estou sempre com algumas associações. Ajudo às vezes com dinheiro, outras com alimentos, ou até com esterilizações».

 

Natal rodeado de bicharada

 

Numa época de sonhos é em família, e rodeada da sua bicharada, que gosta de estar. «Junto as pessoas lá em casa. antes do falecimento do meu pai íamos para a casa dos meus pais, todos nós nos juntávamos lá e somos muito poucos, eu a minha mãe, irmã e sobrinho», diz Rosinha.

 

 

«Depois do falecimento do meu pai passou a ser em minha casa, junto com os porcos, as galinhas, os pássaros e todo o resto que há por lá», frisou, referindo que em sua casa é ela a Chef: «Não ligo nada a doces, mas o que não pode faltar é mousse de chocolate que não tem nada a ver, isto porque o meu sobrinho adora. Em relação à comida tento fazer sempre o bacalhau. Às vezes faço cozido, mas dentro do pão. Mando fazer um pão do tamanho do forno, tiro o miolo e recheio-o com o grão, as couves, o bacalhau, os coentros, o alho, ou com batatinha a murro, e o peru recheado, que fica três dias a marinar. Sou eu que faço tudo. A receita é minha, inventei-a eu! E funciona bem, porque se comem é porque é bom. Li algumas receitas, juntei tudo o que gostava e fiz à minha maneira.»

 

«Fico com o pacote cheio de prendinhas»

 

E gosta mais de dar ou receber? «De dar. Já escolhi as prendas, mas a mais difícil é a da minha mãe que nunca quer nada.”, responde de imediato, tecendo: «O Natal tem mais piada desde que o meu sobrinho nasceu, um garoto que já tem 14 anos e quase um metro e 90. Antes éramos só adultos e éramos mais comedidos, tanto nas prendas. Agora a festa é muito mais efusiva e alegre. Mas, as tradições passam pela nossa reunião que não acontece só no Natal como é óbvio, e mostrarmos os nossos sentimentos, deveríamos fazê-lo sempre que estamos juntos é uma realidade, mas vivemos ali felizes e contentes a véspera e o dia. Sempre juntos», disse frisando entre gargalhadas: «Na noite de Natal eu não descasco a banana, porque não é um fruto muito usado na nossa época natalícia, mas fico com o pacote cheio de prendinhas.»

Textos: Telma Santos; Fotos: Liliana Silva; Produção: Sónia Reis; Cabelo e Maquilhagem: All About Eve
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