Rodrigo Lourenço, de 17 anos, sagrou-se vencedor da nona edição do “The Voice Portugal” no passado domingo, 6 de fevereiro. Apesar de um trajeto no talent show da RTP1 lhe ter corrido bem, o albicastrense confessa que nunca tinha participado num programa de televisão por medo. Desta vez, resolveu arriscar e inscrever-se. Segredo que guardou para si até ao primeiro casting.
“Concorri porque não perdia nada em fazê-lo. Embora sem experiência em palco e com algumas inseguranças, gosto de cantar e queria perceber o meu valor”, conta Rodrigo à Maria, adiantando que nunca pensou sair de troféu na mão. “Qualquer um dos cinco finalistas poderia vencer. Quando a final começou eu estava em quarto lugar, por isso, não estava nada à espera”. O prémio dedica-o ao tio Rui Reis que sempre acreditou nele. “Desde o início que me apoiou e ajudou em tudo”.
E a missão foi cumprida. O jovem, da equipa de António Zambujo – que encantou em cada gala com a sua voz para o Fado, muitas vezes acompanhada pelo som do piano – diz que depois desta experiência, na qual aprendeu com “profissionais de excelência”, confessa-se mais seguro. “Acredito muito mais em mim como artista”, diz, adiantando que o seu mentor era dos quatro aquele que tinha um estilo musical do seu agrado. “Achei que iria ajudar-me mais. Já me disse que, daqui para afrente, qualquer coisa que eu precise, ele está disponível”.
O ambiente vivido nos ensaios do The Voice Portugal também é algo que irá guardar para a vida. “Não tinha uma relação forte com ninguém, mas dávamo-nos todos bem e os concorrentes ajudavam-se. Não havia aquele coisa de competição à séria”, diz, frisando que deixou um pouco as amizades para segundo plano, pois estava focado no trabalho e o tempo também era escasso.
Rodrigo Lourenço revela nome da sua fadista preferida
Aos seis anos, Rodrigo Lourenço decidiu ter aulas de guitarra e, mais tarde, ingressou no Conservatório de Castelo Branco, onde frequenta o Curso Secundário de Canto. Agora, mais do que nunca, o vencedor do The Voice não tem dúvidas de que quer fazer carreira na música. “Quero apostar no Fado, pois é o estilo em que consigo expressar-me melhor, uma ideia que já tinha antes de participar no programa”, conta, admitindo que Gisela João, é das suas fadistas preferidas. “Cantar com ela, foi um momento bastante forte para mim”.
Com a vitória, o jovem vai assinar contrato com a Universal Music Group, além de ganhar um automóvel e um curso de Jazz e Música Moderna, na Universidade Lusíada. “Quero começar a lançar originais e conquistar Portugal”. Como ainda não tem carta de condução, o carro serão os pais a usá-lo. “Quando puder, logo serei eu”.
