Roberta Medina temeu pelo Rock In Rio: “Aguentámos, mas não foi fácil”

Dois anos depois, Roberta Medina volta a erguer a cidade do Rock depois de duas tentativas falhadas por culpa da Covid. E está tudo a postos.

09 Jun 2022 | 17:20
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A última edição do Rock In Rio devia ter acontecido em 2020 mas, por causa da pandemia, foi duas vezes adiada. À terceira foi de vez e o parque da Belavista, em Lisboa, recebe daqui a uma semana o nono evento organizado por Roberta Medina e que traz bandas do mundo inteiro durante do dias 18 e19 e 25 e 26 de junho.

À TV 7 Dias, a empresária de 44 anos não esconde as dificuldades pelas quais ela e equipa passaram e assume: “Aguentámos, mas não foi fácil”, lembrando, que para além da Covid-19, a guerra na Ucrânia não facilitou e, já com a máquina em andamento, ainda houve a morte do baterista dos Foo Fighters. “Quando foi Foo Figthers a gente disse chega: pandemia, dois adiamentos, uma guerra, o homem morre…”, lembra.

Este incidente obrigou a organização a uma ginástica suplementar de última hora, que culminou na contratação dos Muse. “Não foi fácil substituir os Foo Fighters. Foi mais sorte que fácil, porque se olharmos as agendas estão muito locadas. Era muito difícil arranjar alguém da dimensão dos Foo Fighters que tivesse uma data”. Desconfiada do que ainda possa vir, a empresária brinca e afirma que descanso, nesta edição, “só no último dia e quando sair a última pessoa.”

Para trás ficam dois anos em, que chegou a ter de mandar a equipa de férias, frustada e à beira de desistir, depois de dois adiamentos consecutivos. A tormenta pode estar prestes a passar, mas deixou marcas. “A gente achar que está tudo bem e todo o mundo normal? Esquece, não está. Não é assim”, garante com a certeza que “ainda vamos levar um tempo a perceber o que é que aconteceu com a gente.”

Depois da paragem, a expectativa da organizadora do RIR é grande, ainda que só 9 por cento das pessoas que já tinham bilhete para a edição anterior tenham reclamado o seu dinheiro de volta, o que é um bom barómetro para esta edição. Por isso mesmo, se nos outros anos “as pessoas normalmente entram correndo na Cidade do Rock. Este ano vão entrar voando”, atira.

Para a edição desta ano Roberta diz que o cartaz não podia ser mais diversificado “começando pelo palco principal, o Palco Mundo, onde há um dia rock, pop, da galera mais velha e pop rock da galera mais nova. O dia dos Duran Duran vai ser o dia de os pais não trazerem os filhos para o Rock In Rio. Dia 25 de junho é o dia da liberdade. Esse dia é só showzaço”.

Sem grande tempo para ver concertos durante o evento, diz que este ano vai tentar ver alguns concertos. “Quero tentar ver Jason Derulo, que vai ser o maior Tik Tok do Mundo com toda a gente dançando o Sauvage Love. Quero ver Anitta, Liam Gallagher e quero ver o momento da Simone, Ney Matogross e José Cid”.

Sobre o momento de Simone Oliveira, a cantora vai ser a voz do RIR e será ela quem vai agradecer a todos os festivaleiros o facto de poderem estar outra vez todos juntos.

“Não vai haver escalada de preços”

Com a guerra na Ucrânia a decorrer tem-se assistido a um custo do aumento de vida, mas no Rock In Rio “não vai haver escalada de preços” garante a organizadora que explica que na Cidade do Rock “os preços são muito parecidos com os que são vendidos na rua. Às vezes tem 5, 10 por cento de aumento.” Para além disso, este ano vão estar espalhados bebedouros pelo recinto e nem garrafas de água têm de comprar.

Roberta alerta a toda a gente para relaxar e vir cedo para o parque e que aproveite a abertura de portas, que acontece ao meio-dia, porque vai haver atividades o dia todo, até perto da hora do fecho de portas, que acontece às duas da manhã.

Apelo para deixar o carro em casa

A poucos dias do evento, a organização do RIR pede para as pessoas não levarem os carros para a Cidade do Rock e aponta à iniciativa #euvoudetransportes que conseguiu várias parcerias de mobilidade que oferecem descontos.

Assim, o evento vai ter as seguintes facilidades para quem optar por deixar o carro em casa:

– Pontos especiais de recolha e largada de passageiros com a Uber e a BusUp

– Horários alargados e mais flexíveis na FERTAGUS e CP (preços especiais na CP-Urbanos, Intercidades, Regional, InterRegional, Comboio Especial, FERTAGUS, TTSL – Transtejo Soflusa e Rede Expressos)

– Pacotes combinados transporte + bilhete Rock in Rio Lisboa na Abreu, CP e Rede Expressos.

Para quem mora ao alcance da rede de Metro (que ainda não disse se vai estender o horário), o último concerto do Palco Mundo termina sempre às 00h30, antes do encerramento do Metro.

Revista TV 7 Dias

Texto: Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Fotos: Zito Colaço

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