José Carlos Malato recorreu às redes sociais para mostrar a sua revolta perante os casos de abusos sexuais de menores na Igreja. D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, concedeu uma polémica entrevista nesta segunda-feira, 3 de outubro, à CNN Portugal, em que assumiu que foram abafados casos de abusos sexuais de menores na Igreja Católica.
D. José Ornelas pediu desculpa às vítimas de abuso sexuais e deixou a garantia de que os suspeitos vão ser excluídos da Igreja, caso se confirmem as acusações e os mesmos sejam condenados.
Perante a notícia, José Carlos Malato recorreu às redes sociais para se manifestar sobre o assunto, mostrando-se revoltado.
“Dentro da Igreja portuguesa está a decorrer uma luta fraticida. Ainda bem. Que se comam uns aos outros e deixem as crianças em paz!”, pode ler-se, na mais recente publicação do Instagram do apresentador da RTP1.
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Há um ano, José Carlos Malato escreveu um texto sobre abuso sexual na infância e deu a entender que tinha sido molestado em criança. O apresentador da RTP1 recebeu várias mensagens de apoio de caras conhecidas e fãs anónimos.
“Pessoal, pergunta só para quem adora um bom quiz. Com que idade foi molestado sexualmente pela primeira vez? A) 4 anos; B) 8 anos; C) 10 anos. Quem acertar não ganha nada. Porque, nessa altura, eu perdi tudo. Um abuso condiciona a saúde mental para toda a vida”, escreveu. “Quem sofre não está sozinho. Grande empatia para quem passou pelo mesmo. Vale mais dizer do que calar. Acreditem. A dor tem de ser repartida por todos. Porque todos têm culpa. Menos nós”, acrescentou.
Um dos internautas respondeu à pergunta, dizendo entre os oito e os 10. José Carlos Malato escreveu “quatro”, dando a entender que foi molestado quando tinha essa idade. “Obrigada pela partilha e pela coragem que nós, vítimas, precisamos da força uns dos outros”, respondeu a mesma seguidora.
“Ninguém pode ser quem não é”. José Carlos Malato explica opção de ser não binário
José Carlos Malato assumiu-se como uma pessoa não binária nas redes sociais. Depois de a notícia ter saído em alguns órgãos de informação, como o site da TV 7 Dias, o apresentador da RTP veio a público esclarecer a sua opção.
No dia 1 de setembro, José Carlos Malato publicou uma longa reflexão sobre o assunto nas redes sociais. “Ser não-binário é uma questão de princípio activista, pelo menos para mim. Acredito que a dualidade masculino/feminino ou outro está presente nos seres humanos, apesar da cultura fascista e da sociedade patriarcal a tentarem esmagar. Isso significa que a minha identidade de género e expressão de género não são limitadas ao masculino e feminino. Estão para além desse espartilho maniqueísta”, começou por escrever.
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