Protagonista de A REDE já tem namorada: «Começámos a seguir-nos no Instagram»!

A história de Nuno Ramos foi dada a conhecer ao grande público no início do ano, na reportagem da SIC A Rede. Três meses depois, diz-se apaixonado por uma psicóloga, que conheceu numa rede social.

27 Abr 2019 | 11:30
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Nuno Ramos é hoje um homem feliz. Depois de se ter envolvido numa história de amor virtual que se transformou num pesadelo, o fotógrafo reencontrou o amor ao lado da psicóloga Débora Água Doce.

Nuno Ramos, recorde-se, foi o protagonista do trabalho jornalístico A Rede, coordenado por Conceição Lino e transmitido pela SIC no início deste ano. A reportagem contava a história de um homem que se vê envolvido num caso de abuso e chantagem emocional, ao apaixonar-se virtualmente, mais concretamente através da rede social Facebook, por uma mulher que se apresentava como Sofia Costa.

A suposta médica não só chegou a fingir a sua própria morte como, descobriu Nuno Ramos mais tarde, nunca existiu. Ou seja, a autora deste esquema usou abusivamente a imagem de Cláudia Marinho, que terá conhecido na escola secundária. Cláudia, essa, está viva e foi apenas mais uma das muitas vítimas mergulhadas neste estratagema.

 

Nuno e Débora conheceram-se… no Instagram

 

Esta sexta-feira, dia 26 de abril, Tânia Ribas de Oliveira recebeu Débora Água Doce na quinta emissão do programa da RTP1 A Nossa Tarde. A conversa prendeu-se com a infância sofrida da psicóloga. Hoje, é uma mulher feliz e bem resolvida consigo mesmo. E «muito» apaixonada… por Nuno Ramos.

A apresentadora pediu ao fotógrafo, nos instantes finais da entrevista, que se juntasse à namorada e depressa relacionou a história da sua convidada com a da sua cara-metade. Parco em palavras, Nuno Ramos disse-se feliz ao lado de Débora, que conheceu por «um acaso». «Começámos a seguir-nos no Instagram», revelou.

 

«Eu promovia o meu isolamento»

 

Débora Água Doce cresceu no Alentejo, onde vivia com os pais e uma avó e onde passou uma infância sem contacto com crianças da sua idade. «Vivia um bocadinho sozinha, mas ao mesmo tempo vivia bem com isso. Não conhecia outra realidade, mas tinha curiosidade», recordou a Tânia Ribas de Oliveira, sublinhando que passava «muito tempo sozinha».

«Ao ir para a escola primária, há a hipótese de ter amigos para brincar», conjeturou na altura. «Mas não foi bem isso que aconteceu», revelou. «Confrontei-me com uma realidade de que não estava à espera. As pessoas que existiam na escola para onde fui já se conheciam todas, viviam todos muito perto [umas das outras]. Parece que não fui aceite.»

Vítima de bullying a partir dos seis anos, «foi instalada» a Débora «a crença de que não era suficientemente boa». «Havia uma miúda, era a líder, que juntava o grupinho e que, de alguma forma, me colocou de parte. Gozavam comigo, não me deixavam brincar e chantageavam-me. Para ter amigos, tinha de lhes dar presentes. Lembro-me de roubar batons à minha mãe e dava-lhe. Mas aquilo nunca era suficiente. Não tinha amigos na mesma», lembrou.

Com o fim do ensino primário, Débora mudou de escola, mas o cenário «não mudou». «Aí, acho que a responsabilidade foi minha. […] Percebo que fui eu que boicotei um pouco a minha adolescência. Como eu achava que não era suficientemente boa, anulava-me, isolava-me», justificou no programa A Nossa Tarde, frisando «o medo da rejeição» que sentia na altura.

«Promovia o meu isolamento, o não brilhar, o ser sempre a sombra», acrescentou.

 

«Agradeço à vida todas as dificuldades»

 

Tudo mudou com a maioridade, quando Débora Água Doce decidiu estudar Psicologia. O ensino superior, esse, foi sempre conjugado com uma vida profissional ativa. Nessa altura, explicou a jovem, «comecei a relacionar-me com pessoas mais velhas, que já eram casadas, que já tinham filhos e que me valorizavam».

E continuou: «Comecei a perceber que se calhar não era a lagarta e que poderia voar. Foi quando comecei a pensar que talvez pudesse fazer disto uma missão de vida».

E assim foi. Débora acabou o curso e logo começou a exercer Psicologia. Entretanto, abriu a Clínica da AutoEstima, sediada em Lisboa, «um espaço onde as pessoas podem cuidar do amor-próprio», explicou. É um lugar «onde ajudamos a que as pessoas se amem», disse ainda.

Olhando para trás, a psicóloga não tem dúvidas. «Foi um caminho. Se não tivesse passado por isto, não tinha esta missão que tanto me apaixona. Agradeço à vida todas as dificuldades, porque [caso contrário] não era a pessoa que sou hoje», rematou.

 

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Texto: Dúlio Silva | Fotografias: reprodução SIC e redes sociais
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