Nos próximos episódios de “Festa é Festa“, Florinda (Ana Brito e Cunha) vai ter com o padre Isidro (Carlos M. Cunha) para se confessar , mas ele olha-a com um ar grave e diz que precisam de conversar, sublinhando: “Senta-te. É justo que sejas das primeiras pessoas a saber. Para já, está na altura de parares de me chamar padre.”
Florinda é apanhada de surpresa e não sabe muito bem como reagir. Depois de ouvir tudo, fica em choque e questiona se ouviu mal. “É que o padre Isidro acabou de dizer que não era padre.” Envergonhado e sem conseguir olhar para ela, ele responde: “Porque não sou. Eu não bebi nada. Estou sóbrio, sei o que estou a dizer e quem me dera que fosse uma brincadeira… Mas não é. Esta é a verdade. Imagino que tenhas muita coisa na cabeça… Se quiseres, não tens de falar comigo agora, nem tens de olhar para mim… Podemos depois…”
Desnorteada, ela vai andando pela sacristia e comenta: “Não consigo acreditar nisto… É mentira. Isto é mentira, não é? É muita coisa… E eu tenho de pensar, mas eu não consigo pensar. Tens noção que nunca vivemos o nosso amor porque tu decidiste ser padre, Isidro? Tens noção disso? Que eu via este amor como um pecado e afinal não era pecado nenhum? Afinal tu eras um homem normal? Podíamos ter casado?! Ter uma família comigo?”
Isidro fica em silêncio e ela continua: “Meu Deus… Tu casaste-me. Tu batizaste o meu filho. Não, espera… Eu não fui casada? Não conta? O meu Carlinhos não está batizado? Eu nunca fui casada pela Igreja? Isto foi tudo um nada? Um grande nada? Não… Isto não é verdade. Ou sou eu a sonhar. É isso, eu estou a dormir e ando a sonhar com… Não, nós estamos aqui. Meu Deus…”
Ainda em “Festa é Festa”
O padre está envergonhado, mas tenta minimizar algumas coisas, para que Florinda não se sinta tão mal. Chocada, ela afirma: “Isto não é verdade! Não pode ser verdade. Diz-me que isto não é verdade, Isidro! Meu Deus, tu mentiste a tanta gente… E tantos anos. Tantos anos de mentiras… Mentiste-me também a mim. Logo a mim, Isidro!”
Mas o padre só lhe dá o silêncio dos culpados e momentos depois assume: “Custa-me muito ver-te passar por isto…. Eu cometi um erro gigante. Fui deixando andar e quando dei por mim já era tarde para assumir o que quer que fosse.” Florinda continua a acusar e afirma: “Ouviste os meus pecados em confissão mas não tinhas direito a ouvi-los. Não és padre.” Ele responde que ouviu como amigo e que sempre a aconselhou da melhor maneira possível. “Traíste-me, Isidro. Enganaste-me. É assim que eu me sinto, traída e enganada. E sabes o que é que é pior? Eras a última pessoa de quem esperava isso. A última. Mas foste capaz. Como é que foste capaz? E tanto tempo…”, sublinha, dizendo que precisa de apanhar ar e sai. Isidro quer ir com ela, mas Florinda quer estar sozinha.
