“Perdas inultrapassáveis”: Heitor Lourenço viveu ano “muito duro” marcado por duas mortes

Heitor Lourenço garante que ainda não conseguiu superar a morte de Maria João Abreu e do seu cão Jonas, de 11 anos. Saiba ainda pormenores sobre o seu novo projeto fora da representação.

31 Dez 2021 | 15:15
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Heitor Lourenço sofreu duas grandes perdas em 2021 e, até aos dias de hoje, ainda não as conseguiu ultrapassar. Em declarações exclusivas à TV 7 Dias, o ator lembra que este ano foi “muito duro a todos os níveis”.

“Primeiro, foi um ano duro para toda a gente e, depois, houve perdas inultrapassáveis na minha vida”, começa por dizer Heitor Lourenço, referindo-se à atriz Maria João Abreu, que morreu a 13 de maio. “Acho que nunca me irei recompor da perda da minha Maria João Abreu.”

Segundo nos explicou, muitas das mudanças na sua vida pessoal e profissional “tiveram mão dela”. “Ela e o Zé, foram eles que me convidaram a primeira vez para fazer revista, porque eu era um rapaz do teatro independente e do teatro experimental. Falávamos muito também de coisas bastante profundas, bastante existencialistas. Curiosamente, falávamos muito também sobre a morte e sobre a vida. Ela era uma pessoa muito presente e isso é inultrapassável”, lamenta.

Mas não foi só a partida de Maria João Abreu que lhe deixou marcas profundas este ano. Também a morte de Jonas, o seu cão, foi algo que Heitor Lourenço ainda não conseguiu ultrapassar.

“Estive 11 anos a viver sozinho com aquele cão e isso é também uma coisa que não se consegue ultrapassar. Já não tirava o smoking há algum tempo e neste smoking tinha um pelo dele que fiz questão de não tirar, pois esse pelo era uma memória”, conta, referindo ainda que, quando usou as redes sociais para partilhar a dor pela qual estava a passar, acabou por ser vítima de bullying.

“Estas duas perdas, sobretudo, foram muito pronunciadas para mim”, remata.

 

Heitor Lourenço tem novo refúgio

 

A vida não é só feita de momentos tristes. Heitor Lourenço tem também motivos para sorrir. O ator comprou uma casa “muito gira no Alentejo, que gostava que fosse uma casa para receber, não um alojamento local, mas uma casa para receber, onde as pessoas pudessem usufruir do projeto”.

O ator garante que será em Mora que vai passar a passagem de ano, com ou sem companhia.

 

Texto: Carla Ventura (carla.ventura@impala.pt); Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1814 da TV 7 Dias)

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