Manuela Moura Guedes foi afastada da TVI há oito anos. Em 2015, abandonou em directo o programa Barca do Inferno da RTP. Este sábado, dia 3 de março, recordou esses momentos no Maluco Beleza de Rui Unas, mas fala também do bullying de que foi vítima desde criança.
«Andavam atrás de mim e chamavam-me Citroen Ds boca de sapo» lembra a jornalista, acrescentando que «os miúdos são cruéis»
A jornalista confessa que se habituou desde pequena a ser gozada pelo tamanho da boca. Agora, aos 62 anos, desmistifica a alcunha de «boca de sapo» e mostra-se despreocupada com essa sua característica física. «As pessoas nascem más», acredita.
Muitas vezes, Moura Guedes respondia e, quando havia resposta, «era violenta». «Eu batia, porque naquela altura a essa crueldade responde-se na mesma moeda», assegura em entrevista a Rui Unas.
«Foram muitas desilusões»
«Ia muitas vezes para casa a chorar de desespero», confessa Manuela Moura Guedes ao falar também da sua participação no programa Barca do Inferno na RTP. Essa foi a sua última aparição televisiva, em junho de 2015, e terminou em polémica.
«Era bullying», assegura a jornalista que acrescenta ainda que Nilton, apresentador do programa, «não ajudava porque não estava feito para aquilo».
«Talvez lá no fundo da cabeça dele achasse que com quatro mulheres juntas o bom era atiçá-las», acredita Moura Guedes.
O abandono do programa aconteceu depois da jornalista questionar Isabel Moreira, deputada socialista, sobre os resultados da descida da TSU proposta pelo PS. «Isto não é debate. Neste preciso momento abandono o programa. Já chega, é inacreditável o que aqui se passa», disse antes de sair do direto.
Recorde esse momento:
Fotos: Arquivo Impala