“Para Sempre”: Personagem de Ricardo de Sá vai tocar em “temas nunca abordados na ficção”

Ricardo de Sá volta às novelas em “Para Sempre”, da TVI, após um interregno de quase cinco anos e diz que a sua personagem vai surpreender. Lembra ainda a sua aventura a bordo do Santa Maria Manuela.

06 Nov 2021 | 16:44
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Ricardo de Sá está prestes a voltar à antena da TVI, em “Para Sempre”, que se estreia na próxima segunda-feira, dia 8 de novembro. O ator, que esteve afastado do pequeno ecrã desde o início de 2017, não esconde as saudades que tinha do ritmo de trabalho de uma novela.

“Foram quase cinco anos, como costumo dizer, a explorar outras coisas, teatro, cinema, música, estudos, e estou muito contente de voltar à ficção e ao formato de novela. A última novela que fiz foi ‘A Única Mulher’, que esteve dois anos no ar. Mas também tive oportunidade de fazer muitas séries, cinema e teatro. Explorei um outro lado artístico, que é o da música, como cantautor e produtor. Voltei aos estudos durante a pandemia. Estou a estudar Ciências da Comunicação”, revela, confidenciando: “Eu gosto muito de fazer novela porque habituei-me nos ‘Morangos com Açúcar’, onde gravávamos cerca de 30 a 40 cenas por dia, das oito às oito, a um ritmo alucinante. Gosto da adrenalina. Óbvio que gostava de ter mais tempo em novela para trabalhar o texto, como fazem na Globo, mas nós aqui temos uma estrutura mais pequena e, felizmente, a nível artístico e técnico, muito capaz de fazer coisas com muita qualidade.”

Em “Para Sempre”, Ricardo de Sá veste a pele de Ruca, uma personagem que promete despertar a atenção dos telespectadores por “abordar temas que até hoje nunca foram abordados na ficção nacional”. Dedicado desde muito jovem à agricultura, Ruca irá viver um conflito social e religioso, depois de se cruzar com Joana, personagem interpretada por Sílvia Chiola.

“No início, as pessoas vão ficar confusas, mas depois, com o desenvolver da história, vão perceber. E esta personagem é importante porque aborda temas que muitas vezes são tabus, polémicos, e as pessoas acabam por julgar sem ter conhecimento de causa”, explica Ricardo de Sá, sublinhando: “Muitas pessoas vão rever-se e até se vão identificar com os ideais dele.”

 

Ricardo de Sá: “Foi uma experiência única”

 

No ar já está também o filme “Terra Nova”, que gravou em 2019, em alto-mar, na Noruega. “Fazer um filme e estar um mês e pouco a bordo do navio Santa Maria Manuela parece um sonho. Foi uma experiência única”, teceu Ricardo de Sá, relatando as aventuras a bordo.

“Fui dos poucos a não enjoar, devia ter alma de marinheiro, e não tomei uma única vez o comprimido para os enjoos. Apanhámos ondas de seis a nove metros, mas também vimos a Aurora [N.R.: Aurora Boreal]. Aí, percebe-se que é especial. Vi três vezes”, disse.

 

Textos: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Nuno Moreira

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1807 da TV 7 Dias)

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