190 famílias ajudadas! Projeto ganha «proporção gigantesca» após novo programa da SIC

Alexandra Lencastre tornou conhecido no primeiro episódio de Estamos Aqui, da SIC, o projeto Pão Solidário. A TV 7 Dias falou com o fundador, Ruben, que nos contou pormenores sobre o projeto.

14 Abr 2020 | 21:00
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Pão Solidário é o nome de um projeto de solidariedade  – com o intuito de ajudar com bens alimentares pessoas e famílias carenciadas – que se tornou, maioritariamente, conhecido depois de exibido o primeiro episódio do programa Estamos Aqui, da SIC, conduzido por Alexandra Lencastre, no passado sábado, 11 de abril.

Foi em Grândola que este projeto teve início e, atualmente, menos de um mês depois do seu começo, já abrange várias zonas do país de Norte a Sul.

Recorde aqui o primeiro episódio de Estamos Aqui.

A TV 7 Dias esteve à conversa com Ruben Marques, um dos fundadores, que nos contou pormenores sobre este projeto solidário e nos revelou de que forma a participação no programa da SIC teve impacto no desenvolvimento do mesmo.

Tudo começou no dia 17 de março, quando Ruben decidiu ir «comprar uma saca de farinha» para fazer pão e, assim, distribuir pelas famílias mais carenciadas que precisassem, apenas em Grândola. O problema inicial passava por fazer pão, pois Ruben não sabia. Aí, contou com a ajuda do amigo António, que se juntou a ele e que, por felicidade, meteu mãos à obra no que à produção de pão dizia respeito. A eles juntou-se Miquelina, que apenas pretendia ajudar com uma saca de farinha e acabou por dar uma mãozinha.

Os três iniciaram o projeto Pão Solidário, que nunca esperaram que «tomasse esta proporção gigantesca». «A participação no programa teve um grande impacto», refere Ruben.

Com a projeção que ganharam no programa da SIC, os três amigos acabaram por receber muitas ajudas, de várias zonas do País e por parte de pessoas de diversas áreas e, hoje, têm já cerca de 60 pessoas a ajudar na recolha de alimentos. Até esta terça-feira, 14 de abril, o Pão Solidário já tinha ajudado cerca de 190 famílias, de Norte a Sul do País.

 

«Não queremos dinheiro. Não fazemos disto negócio»

Para Ruben é importante clarificar que este projeto não pretende defraudar ninguém e que o dinheiro doado e as ajudas com alimentos e outros produtos são canalizadas apenas para a produção de bens alimentares. «Não queremos dinheiro. Não fazemos disto negócio», esclarece.

Quem quiser ajudar pode fazê-lo de duas formas. «Ou traz bens alimentares ou faz a doação de um euro. Por exemplo, na compra de um pão com chouriço paga o valor simbólico de um euro», conta.

Este dinheiro servirá assim para ajudar nas deslocações e portagens, uma vez que Ruben corre o País diariamente, se necessário. Por essa razão, o fundador do projeto refere que, quando são feitas deslocações maiores, é entregue uma quantidade superior de bens alimentares, como conta: «Domingo [12 de abril] fui a Fátima e em vez de um saco, que dava para uma semana, levei cinco sacos que dão para um mês.»

Para o Pão Solidário, não há distinção e todas as famílias que necessitem são ajudadas. «Vamos por uma família ou por 10», afirma. Contudo, e de forma a evitar que haja má fé por parte de algumas pessoas, Ruben faz «uma pequena análise» inicial ao ser contactado.

«Recebemos uma chamada de uma família circense que ninguém queria ajudar. Tinham crianças que já choravam por não comerem há três dias. Fui ao sítio e vi com os meus próprios olhos. Entretanto, não precisei de ajudar mais porque as pessoas à volta perceberam que a família precisava realmente de ajuda e a imagem que tinham dela mudou completamente depois da nossa ajuda», descreve.

 

«Mesmo depois da pandemia vou continuar este projeto»

A trabalhar todos os dias, «das seis da manhã às três da manhã», a equipa, que era, inicialmente composta por apenas três pessoas, conta agora com cerca de nove pessoas, tanto em Grândola como noutras zonas. «Em Setúbal, por exemplo, estão a ajudar, na distribuição e entrega, pessoas que eu nunca vi», revela.

Para Ruben, este projeto terá continuação, mesmo depois de terminada a pandemia de covid-19 que vivemos. «Mesmo depois da pandemia vou continuar este projeto, abrir um negócio. Porque não é só nesta altura que as pessoas precisam, é sempre», refere.

Por fim, o fundador deste projeto quis também dizer que esta ajuda não se trata de um ato heróico – como é dito nas muitas mensagens que recebem nas redes sociais -, mas sim apenas um ato de dar a mão ao próximo. «Nós não somos heróis. Somos o elo de ligação entre quem ajuda e quem é ajudado», esclarece.

Ruben afirma ainda, em jeito de agradecimento, que o apoio que têm recebido do «grupo de forcados do Montijo», do qual faz parte, e o apoio da família têm sido «o mais importante» para que este projeto também possa andar para a frente, como tem acontecido até aqui.

Texto: Marisa Simões; Fotos: DR

 

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