“Não pagou a ninguém”: Pedro Pico do “Big Brother” acusado de espetar calote e de fugir

Pedro Pico, o polémico ex-concorrente do “Big Brother Famosos”, volta a ser acusado de dever dinheiro aos seus funcionários. Para piorar, agora está a ser acusado de “desaparecer do mapa”.

09 Nov 2022 | 13:00
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Pedro Pico, ex-concorrente do “Big Brother Famosos”, volta a ser acusado de não pagar aos trabalhadores e de andar fugido. Rita Brutt, atriz, recorreu às redes sociais para expor a situação polémica.

“Uma amiga colega de mestrado, brasileira, trans, artista, estudante, emigrante, este verão arranjou um trabalho incrível que lhe permitia trabalhar no meio e pagar as contas. Só que não. Nunca foi paga, o espectáculo estreou, teve público, receita e de repente foi cancelado e o seu criador, Pedro Pico, desapareceu do mapa e não pagou a ninguém”, começou por dizer.

“Este senhor, que falhou os seu compromissos, já tinha feito o mesmo de outras vezes e o facto de ser um privilegiado com recursos, permite-lhe repetir a proeza. Trabalha com pessoas que estão numa situação mais frágil e abusa sem consequência”, acrescentou.

O que é certo é que Pedro Pico tem estado ausente das redes sociais, até ao momento, tendo a sua última publicação sido em abril deste ano.

Várias queixas contra Pedro Pico: dívidas e violência

Recorde-se de que esta não é a primeira vez que Pedro Pico é acusado de incumprimento no pagamento aos trabalhadores e, inclusivamente, de violência. Assim que o ex-concorrente pisou a mansão do “Big Brother Famosos”, as redes sociais encheram-se de relatos de pessoas que trabalharam com ele no “Drag Taste”, empresa criada pelo concorrente do reality show da TVI em 2019, que o acusam de as ter mal-tratado.

“Não foram poucos os dias em que o trabalho chegava às 16 horas diárias e em que as minhas folgas eram retiradas ao último minuto, tendo que me maquilhar em 25 minutos ou fazer diretas para trabalhar. O staff era constantemente maltratado e falado com condescendência. Fui das primeiras pessoas a expor estas situações, tendo sido respondido com desrespeito. Estando num ambiente constantemente tóxico, onde estava sempre presente o estado de embriaguez do responsável, as coisas foram escalando, havendo reuniões com ameaças, gritaria e mais faltas de respeito. Numa última reunião, convocada apenas para despedir mais de metade da equipa sem razões plausíveis, falei com o responsável à parte sobre os meus direitos de imagem do musical, que até hoje ainda usa sem pagar. Numa explosão de gritos fui humilhado perante todo o staff sendo chamado de vaca, nojenta e ladra, para o espanto de toda a gente”, aponta uma drag queen que trabalhou com Pedro Pico naquele espaço, que mistura que mistura experiências gastronómicas com espetáculos.

Uma outra atira: “Houve manipulação ao ponto de acreditar solenemente que não tinha vida para além do trabalho. Naquela empresa não havia uma forma boa ou pacífica de sair. No segundo em que mostres sinais de que estás a repensar a situação ou à procura de outra oportunidade, é considerado uma traição”.

Uma terceira descreve: “Fui convidado para trabalhar na Drag Taste quando ainda era um pequeno núcleo no LX Factory e entristece-me saber que nada mudou dos bastidores. Muitas das vezes, durante a semana, comíamos comida azeda que sobrava dos brunches do fim de semana passado, comida onde todos tocavam. O abuso verbal que o fundador da empresa fazia com o seu marido, o assédio constante ao staff, o desrespeito pela arte e pela história, banalizando-a por dinheiro. Os contratos prometidos que nunca ninguém assinou, a estrutura, organização da empresa e de eventos que roubou a uma funcionária que nem foi paga para o fazer e que descartou mal teve um plano para usar”.

E uma quarta, que diz que ter depositado a sua “confiança no proprietário foi um grande erro”. “Trabalhava para a Drag Taste em full time, sete dias por semana e dormindo apenas três horas por dia. Durante dois anos não tive folgas nem férias. O proprietário disse-nos que a palavra ‘cansaço’ era proibida na empresa. Foi terrível ver cerca de 20 Drag Queens a trabalhar com a empresa em tempos diferentes, a serem despedidas e tratadas de forma horrível, e quando saíam a sua imagem era denegrida, o que agora me aconteceu também, com o proprietário a dizer coisas terríveis sobre mim e as minhas irmãs, acusando-as de roubo. Nem durante os seus dias de alcoolismo considerei em roubar alguma coisa”, remata, sobre o ex-concorrente do “Big Brother Famosos”. Continue a ler aqui. 

Texto: Inês Borges e Ana Filipe Silveira; Fotos: DR

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