Ana Afonso, que participou na novela “O Teu Olhar” e no reality “Quinta das Celebridades“, tem uma vida marcada por várias polémicas. Após ter estado afastada do meio mediático, a ex-atriz e modelo esteve, esta sexta-feira, 31 de março, à conversa com Júlia Pinheiro, no “Júlia”, da SIC, e acabou por abrir o coração em que recorreu alguns dos momentos mais dramáticos da sua vida.
E Ana Afonso acabou por não conter a emoção ao falar sobre o filho Diogo, de 11 anos, que sofre de “autismo severo“. “Um ano e meio depois [de ter nascido] comecei a suspeitar. (…) Nunca ninguém me disse que o Diogo não ia falar na vida. Sempre tentaram que eu tivesse esperança e não desistisse do Diogo e eu sempre fiz isso”, afirmou.
A modelo acabou por assumir que ainda não consegue aceitar o facto do filho sofrer de espetro do autismo. “Eu fiquei muito feliz quando soube que ia ter um menino e quando nasceu era tudo para mim e, como é natural, eu idealizei muitas coisas. O tempo foi passando e de repente começo a ter a sensação que perdi um filho, mas que na verdade não perdi porque está ali. Eu tenho uma sensação de luto que ainda não consigo fazer… Até hoje é difícil para mim aceitar a condição do Diogo”, desabafou.
Por o autismo do menino ser “severo”, Ana Afonso e o ex-marido optaram por colocá-lo numa instituição, em 2021. “O autismo do Diogo é tão severo que eu não consigo andar na rua com o meu filho. O Diogo está numa instituição porque é o melhor sítio para ele. Acho que o pai fica com ele de vez em quando, mas eu sei que o meé tão severo que eu não consigo andar na rua u filho está bem acompanhado. Eu vejo com os meus olhos”, assegurou no programa da tarde da SIC.
Ana Afonso: “comecei a refugiar-me no álcool”
Na conversa com Júlia Pinheiro, Ana Afonso fez questão ainda de explicar a polémica em que foi acusada de abandonar os filhos: Alice e Diogo. “Eu nunca abandonei os meus filhos. Em 2018, eu estava sozinha com os dois [filhos], não conseguia arranjar trabalho e comecei a refugiar-me no álcool quando estava nesta situação de descobrir que o Diogo tinha este distúrbio e outras situações em casa… Na altura, foi o meu escape e quando dei por mim estava a beber todos os dias”, começou por afirmar.
E, há cinco anos tomou então a decisão de pedir por ajuda quando percebeu que não estava bem. “Eu fui à CPCJ e pedi ajuda. Eu disse ‘se eu não tiver ajuda, vou ter de entregar os meus filhos. Eu quando fui à CPCJ foi um pedido de ajuda porque sabia que as coisas não estavam bem e foi então que eles entraram em contacto com o pai e ele ficou com eles. Eu precisava de ajuda, foi um pedido de socorro”, admitiu.
Texto: Carolina Marques Dias; Fotos: Impala e redes sociais
