Morreu Diogo Freitas do Amaral. Governo decreta dia de luto nacional

Diogo Freitas do Amaral morreu esta quinta-feira, 3 de outubro, aos 78 anos. Governo anunciou luto nacional no dia do funeral, ainda sem data marcada.

03 Out 2019 | 13:23
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Diogo Freitas do Amaral morreu esta quinta-feira, 3 de outubro, aos 78 anos. O fundador do CDS estava internado desde 16 de setembro hospital CUF em Cascais. Freitas do Amaral lutava contra um cancro nos ossos. O funeral ainda não é conhecido, mas o governo decidiu decretar luto nacional nesse mesmo dia.

De acordo com informação avançada pelo Observador, Freitas do Amaral sofreu uma paragem cardíaca esta quinta-feira. O antigo presidente do Partido do Centro Democrático Social estava a ser acompanhado na Fundação Champalimaud, que trata doenças do foro oncológico.

Diogo Freitas do Amaral era casado desde 1965 Maria José Salgado Sarmento de Matos, com quem teve quatro filhos: Domingos,Pedro, Filipa e Joana.

 

Fundador e presidente do CDS

 

Nascido em 21 de Julho de 1941, na Póvoa de Varzim, Diogo Freitas do Amaral dedicou mais de 50 anos de vida à política. Foi fundador e o primeiro presidente do CDS, após o 25 de abril de 1974.

Cinco anos depois, constituiu com Francisco Sá Carneiro, líder do Partido Social Democrata, e Gonçalo Ribeiro Teles, do Partido Popular Monárquico, a coligação Aliança Democrática (AD), partido que ganhou, com maioria absoluta – a primeira da democracia – as eleições legislativas em 1979 e 1980. Fez parte do governo como vice-Primeiro Ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros de janeiro a dezembro de 1980.

Após a morte do então primeiro-ministro Sá Carneiro, na tragédia de Camarate, assumiu funções como Primeiro-Ministro interino do mesmo Governo.

Quando Francisco Pinto Balsemão ocupou o lugar deixado por Sá Carneiro, Freitas do Amaral desempenhou funções como vice-primeiro ministro e ministro da defesa nacional, de 1981 a 1983.

Em 1986, candidatou-se à presidência da República com o apoio do PSD e do CDS, mas acabou por perder para Mário Soares.

No final da década de 90, afastou-se do CDS, anunciando a sua retirada da política ativa.

 

Regresso à política pela mão de Sócrates

 

Porém, em 2005, o seu regresso gerou polémica por ser nomeado – como independente – Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo socialista liderado por José Sócrates. Nesse ano, demitiu-se de membro do Partido Popular Europeu. No ano seguinte, em junho de 2006, retirou-se do cargo, alegando motivos de saúde.

Foi comentador na SIC Notícias e escreveu livros sobre memórias políticas. No lançamento de Mais 35 anos de democracia – um percurso singular, em junho, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu Freitas do Amaral como «um dos quatro pais líderes dos partidos estruturantes da democracia portuguesa», juntamente com Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e Álvaro Cunhal.

 

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Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais | Fotos: Arquivo Impala

 

 

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