Depois de ter vivido largos anos nos Estados Unidos, Francisco Froes regressou a Portugal para integrar o elenco na novela da SIC, “Flor Sem Tempo”. Agora, com as gravações prestes a acabar, o ator faz um balanço daquele que foi o projeto que marcou o seu regresso a Portugal.
“Não estou cansado”, começou por garantir. “Quem corre por gosto não cansa… Mas pronto tudo tem de chegar ao fim… foi exigente mas acho que há coisas mais difíceis. Acho que se calhar até acabou por ser mais fácil do que eu estava à espera. Acho que as pessoas me assustaram mais do que acabou por ser”, confessou, entre risos, salientado a sua maior dificuldade ao longo do projeto de ficção da estação de Paço de Arcos. “Ao início a minha maior dificuldade foi adaptar-me à forma de filmar em novela comparado com cinema e televisão. É muito diferente. E custou-me mais adaptar-me a filmar ao primeiro take do que estar a filmar a toda a hora sem parar”.
À conversa com os jornalistas, o ator revela ainda algumas peripécias e conta como se preparou para a personagem, que é apaixonada por barcos. “O barco do estúdio também abana e toda a gente que vai lá gravar a primeira vez sai de lá com dor de cabeça e enjoada. Mas desde que não esteja mar muito bravo em aguento-me bem”, confessou, em tom de brincadeira. “Fomos fazer regatas com o coordenador de projeto, Jorge Queiroga, e foi muito divertido. Ele deu-nos uma formação enorme e não me deixou fazer nenhuma figura triste. A Dânia (Neto) também sabia imenso sobre o assunto”.
“Quero que os meus filhos tenham a cultura portuguesa”
No entanto, com as gravações a chegar ao fim, Francisco Froes já faz planos para o futuro. “Para já vou ficar cá, tenho cá os meus filhos. Hoje em dia podemos estar cá, podemos fazer castings para fora e o meu objetivo é estar cá, fazer castings para fora e viajar para fora quando tiver de viajar e depois poder ter cá a minha família, os meus filhos ao pé da família”.
Ainda assim, o jovem ator revela alguns dos principais motivos que o fizeram regressar a Portugal. “Uma das coisas que eu sinto é que eu quero que os meus filhos tenham a cultura portuguesa que eu tive e parecendo que não, coisas como os tiroteios escolares são coisas que quando tu és pai e tens um filho a ir para a escola, de facto consideras, porque acontece a toda a hora e não me apetece ter esse tipo de aflição porque os pais vivem essa aflição lá, e a verdade é que isso pesou muito na balança”.
Com os olhos postos no futuro, Francisco Froes revela ainda que já estava com saudades de falar português a tempo inteiro. “É engraçado porque no outro dia tive de falar inglês e foi estranho”, contou, entre risos, “mas sim, estava com saudades claro”.
