Marie ainda não falou com a mãe desde que saiu do Big Brother e explica porquê

Marie foi expulsa do “Big Brother Famosos” no último sábado. Dois dias depois, ainda não falou com a mãe ao telefone, mas volta a ressalvar o amor que existe entre as duas.

11 Abr 2022 | 16:40
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Marie foi expulsa do “Big Brother Famosos” na gala deste sábado, 9 de abril, e na manhã desta segunda-feira, dia 11, marcou presença no programa “Dois às 10″, da TVI. A seguir, deu uma entrevista aos jornalistas e um dos temas abordados foi a relação com a mãe.

“Sinto que a minha mãe nunca me amou (…) O meu pai irritava-se e acabava por me bater”, contou a agora ex-concorrente do “Big Brother Famosos”, quando fez a Curva da Vida. Agora, terminada a experiência no reality show da TVI, Marie confidencia que ainda não teve oportunidade de falar com a mãe para esclarecer tudo. Pelo contrário, tem ao seu lado o pai, Martinho Gomes, desde os primeiros minutos fora da casa mais vigiada do País. “O meu pai e eu dormimos juntos. Estamos no mesmo sítio, ele ainda não foi trabalhar. O que nós falámos fica entre nós. Está tudo ótimo, damo-nos muito bem”, garantiu.

“Ainda não falei com a minha mãe, porque ainda não estive em chamada com quase ninguém. Não é assunto para chamada curta. O meu pai fala com ela ao telefone. Prefiro falar com ela quando tiver tempo”, acrescentou, explicando que percebe que os pais só a queriam proteger dos “tubarões”. “Não era uma questão de os meus pais não gostarem de mim, eles tinham medo por mim. Iisso fez-me criar, enquanto adolescente, alguma frustração em relação a isso, o que é normal. O que eu sempre frisei é que amo a minha mãe e a minha mãe ama-me, mesmo que não me aceite”.

“Durante a minha adolescência, [o meu pai] conseguiu engolir a vergonha que poderia sentir de mim”, disse Marie.  Além disso, a ex-concorrente do “Big Brother Famosos” defende que também ela própria se afastou da família e que se “fechou no quarto por causa dos medos”: “Sei que se eu tivesse pedido ajuda… Eu sei que eles me amavam muito  (…) Eu também tinha as minhas inseguranças. Afastei-me porque eu própria não me sentia enquadrada. Do lado dos meus pais, eu sei que, no fundo, eles sempre gostaram de mim”, frisou. “Eu sou muito dos porquês desde muito nova, por causa das minhas inseguranças (…) Eu sou uma pessoa extremamente sensível, tenho noção disso. E nem todas as pessoas conseguem perceber o que eu sinto. Podem achar que sou dramática. E eu às vezes também acho que sou dramática”, acrescentou.

Marie sentiu “muito amor” no “Big Brother”

Sobre a experiência no “Big Brother Famosos”, Marie afirmou estar muito “feliz e agradecida”. “Senti muito amor (…) Ganhei à minha maneira. Cresci enquanto pessoa. Foi uma oportunidade que eu nunca poderia ter na minha vida”, afirmou. Já quando às críticas que recebeu à sua participação no programa, disse: “A mim não me serve a carapuça a nada. Saí no momento certo. Esta semana já estava a sentir-me uma planta e eu não sou uma planta.”

Terminada a participação no reality show, Marie faz um balanço positivo e frisou que se sentiu aceite no programa da TVI. “Sinto-me bem porque sinto-me aceite. É o mais perto que eu tive enquanto artista, é o mais próximo de estar a realizar alguns dos meus grandes sonhos. Estou extremamente feliz”, disse, admitindo que um dos seus objetivos era ensinar a importância do amor e da aceitação pela diferença: “O mundo precisa de mais Maries, mais cor. Nem é por ser Maries em especifico… O mundo precisa de mais alegria, o Mundo precisa de mais leveza, o Mundo precisa de mais amor, muito mais!”

Mãe da Marie diz que filha “fugiu do padrão”

Entretanto, Isabel Pinheiro, mãe de Marie, deu uma  entrevista à TVI no qual afirmou que a filha “fugiu ao padrão”. “Ela é exclusiva. Na cabeça dela, só ela sabe o que vai. Nós pais, que convivemos diariamente com ela, pensamos: O que é isto?. Não sabemos. Ela era um menina doce e de repente isto. Foi um mundo que extravasou”, afirmou.

“A partir dos 10, 11 anos reparei numa hiperatividade, ela sempre foi assim. Era uma menina muito ligada às artes. Fazia teatro com oito anos, mas com profissionalismo. Conseguia fazer dramas que punha o pessoal todo a chorar. Ela depois fugiu do padrão normal da educação, seja na linguagem, que ela não tem filtros. Nós, pais, que a educámos com aquela normalidade, dizemos que está errado. E ela só faz o que quer. A gente até agora tenta aceitar o que ela quer. Eu tentei incutir-lhe o que me foi incutido, embora de forma diferente, mas ela fugiu do padrão. A gente tentou, mas sempre achou que havia ali qualquer coisa de diferente.”

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Divulgação TVI e Reprodução redes sociais
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