Manuela Couto fala sobre a MORTE DO PAI: «é muito VIOLENTO»

Manuela Couto fala sobre a morte do pai com Daniel Oliveira.

26 Jan 2019 | 20:45
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Daniel Oliveira recebeu Manuela Couto no Alta Definição deste sábado, dia 26 de janeiro.

A atriz, de 54 anos, começou a carreira artística aos 10, através de uma «série de acasos». Caso não seguisse esta área, possivelmente seria professora.

 

A morte do pai 

 

O rosto da SIC acompanhou os últimos meses de vida do pai. «A morte é uma perda irreparável», considera.

«Eu tenho muita facilidade em me mostrar através da representação. Mas não tenho essa facilidade na realidade. Às vezes vou à psicóloga e fico lá assim, sem dizer nada», continua.

«Quando os pais perdem a capacidade de tomarem conta dos filhos e passa a ser o contrário, é muito violento»,

revela.

 

«Discutíamos com ele como se fosse mais crescido»

 

Manuela é mãe de dois rapazes, João e Manuel.

Aos três anos, João começou a falar sobre a alma e sobre a morte. Aos sete foi diagnosticado como uma criança inteligentemente superior.

«Nós discutíamos com ele como se fosse mais crescido. Dava por mim a pensar: ‘Eu não posso estar a discutir assim com uma criança de 4 anos’», conta.

«Quando o João nasceu, eu não sentia amor. Não sabia quem ele era, que sensação era aquela. Com o Manuel já foi diferente. Já tínhamos uma série de noções sobre sentimentos.»

Por força da profissão, Manuela arrepende-se de não ter passado mais tempo com os filhos. «Sinto muita falta do João em casa, mas tenho muito orgulho nele», avança.

 

A pressão da imagem

 

«Temos uma pressão muito grande em relação à nossa imagem. Fiz uma operação plástica ao nariz e não tenho problemas em admitir. De cabeça, sinto-me com pouco mais de 30 anos. Às vezes ainda me surpreendo com a minha imagem, sobretudo na rua, refletida. Acho sempre que estou demasiada velha para aquilo que eu estou a espera naquele preciso momento», confessa.

 

Ataque de pânico 

 

Em 2011, Manuela Couto acumulava as funções de atriz e de dirigir o departamento de elencos da Plural. «Essa forma de poder não me seduz. Não estava bem com aquilo. Assustei-me. Olhei para as pessoas, sabia onde estava, mas não sabia o que já tinha feito ou o que estava a fazer naquele momento. Senti uma angústia enorme e desmaiei», começa por contar.

«Fiz um pico de tensão… 180 pulsações. Poderia ter dado origem a um AVC», termina.

Texto: Redação WIN/Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Instagram

 

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