Loucura de Joker gera pânico e leva EUA à segurança máxima!

Joker estreia sexta-feira e as autoridades norte-americanas temem a ocorrência de atentados, tal como aconteceu em 2012 na estreia de mais um filme do Batman. Reforço policial será visível nas salas.

03 Out 2019 | 17:50
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Em Portugal, a estreia é esta quinta-feira, dia 3 de outubro, mas nos EUA não se fala de outra se não de Joker, que provocou o pànico e levou um país a estar em alerta máximo quando sexta-feira, as primeiras imagens do filme interpretado por Joaquin Phoenix forem exibidas. Porque a insegurança e, sobretudo, o medo de ver repetido o massacre em Aurora, na estreia de Batman: O Cavaleiro das Trevas Renasce, em Julho de 2012, que causou a morte a 12 pessoas e feriu 70.

Desta vez, Joker vem sozinho e não é o arqui-inimigo do Batman, é, por ele só, uma figura que provoca várias sensações, mas todas elas negativas. Tal como o homem dissimulado de Joaquin Phoenix que à assistente social confessa: «Eu tenho sempre pensamentos negativos».

As autoridades norte-americanas estão a encarar de forma muito séria e grave esta estreia, não pelo filme em si, mas pela mensagem que muitos acreditam transmitir: a humanização de um vilão que faz justiça pelas próprias mãos, minimizando a morte de três funcionários da Bolsa.

 

Máscaras e pinturas de Joker proibidas

 

Quando esta sexta-feira estrear Joker, muitas salas de cinema dos EUA, especialmente em Los Angeles, estarão repletas de polícias. «Embora não haja ameaças credíveis na área de Los Angeles, o departamento vai manter uma grande visibilidade em volta dos cinemas durante a estreia. Encorajamos todos a saírem e a apreciarem as atividades de lazer que a cidade tem para oferecer no fim de semana. No entanto, devem manter-se vigilantes e sempre atentos ao que os rodeia», afirmou a polícia de Los Angeles.

Já o grupo Landmark, que tem 52 salas de cinema em 27 cidades locais, proibiu o uso de máscaras, armas de brincar, pinturas faciais e disfarces alusivas a este herói/vilão.

O cinema Century Aurora and XD, onde aconteceu o massacre em 2012, não vai passar Joker.

 

Família e amigos fazem apelo

 

Para dar ainda mais ênfase a esta polémica, familiares e amigos das vítimas de Aurora decidiram escrever uma carta à Warner Brothers, distribuidora do filme, pedindo que «use a sua influência e se junte a nós na nossa luta para construir comunidades mais seguras e com menos armas».

O pedido não ficou sem resposta. «A violência armada na nossa sociedade é uma questão crítica e estendemos a nossa mais profunda simpatia a todas as vítimas e famílias afetadas por essa tragédia. A nossa empresa tem uma longa história de doações para vítimas de violência, incluindo Aurora, e nas últimas semanas juntou-se a outras empresas para pedir aos legisladores que aprovem leis que ponham fim a essa epidemia», fez saber a Warner Brothers em comunicado.

Perante uma controvérsia que não esperava, a empresa de distribuição cinematográfica quis ainda deixar claro que Joker não é um apelo à violência. «A Warner Bros acredita que uma das funções da ficção é provocar conversas difíceis em torno de assuntos complexos. Não se iludam: nem a personagem fictícia Joker nem o filme são um incentivo a qualquer tipo de violência no mundo real. Não é intenção do filme, dos seus criadores ou do estúdio, transformar esta personagem num herói.»

 

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Texto: Rita Montenegro | Fotos: IMDB

 

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