Limites para o humor? João Baião responde: “Tenho alguma noção. Às vezes exagero”

Atualmente a protagonizar a peça “Monólogos da Vacina”, o apresentador garante que “não podia estar mais feliz”.

16 Abr 2023 | 21:02
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João Baião é um dos apresentadores mais conhecidos do nosso país. Além da apresentação, o comunicador dedica também grande parte do seu tempo ao teatro e ao humor. Numa entrevista a uma publicação semanal, a estrela da SIC considera que há limites para o humor.

A protagonizar o espetáculo “Monólogos da Vacina”, o apresentador revelou à Lux que “não podia estar mais feliz”.

“Nem consigo encontrar palavras para traduzir a felicidade que este projeto e este ano me deram. Superou todas as minhas expectativas. Marcamos uma data, esgota, e temos logo de marcar duas ou três. Nunca pensei que encheria um Coliseu do Porto três vezes, vamos voltar pela quarta vez ao Tivoli. Fizemos em Loures um espetáculo para 3400 pessoas”, começou por contar.

O comunicador continuou: “E, para além das salas cheias, tem sido muito bom perceber que as pessoas estão atentas ao espetáculo do princípio ao fim, que se divertem muito. E há outra coisa extraordinária neste projeto que me emociona… Que é ver pessoas que nos vão ver duas e três vezes, de terra para terra, sobretudo pessoas mais velhas, que nunca tinham ido ao teatro”.

“Nunca procurei fazer humor à custa da desgraça dos outros”

 

Nascida no “Programa da Cristina”, a personagem que João Baião interpreta nos “Monólogos da Vacina”, a “Dona Odete” passou para a “Casa Feliz”. Questionado se há limites para o humor, o apresentador não tem dúvidas: “Para mim, há alguns limites”, declarou.

O comunicador continuou: “Não gosto de fazer humor humilhando as outras pessoas, ou de uma forma gratuita, entrando na vida privada. Nunca procurei fazer humor à custa da desgraça dos outros, da infelicidade e muito menos sobre a vida de cada um. Gosto mais de espicaçar e de provocar. E dentro da brejeirice, gosto de ir até um certo ponto”.

“Eu deixo-me ir, mas acho que, de forma inconsciente, tenho alguma noção das balizas. Às vezes exagero, como é normal. Todos temos as nossas coisas, não somos perfeitos, mas tento sempre ter a célula preparada para que, quando se ultrapassa o risco, haver uma luzinha que acende”, finalizou.

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Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: Redes Sociais
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