Olá a todos! Prometi-vos regressar apenas na próxima semana, mas não podia passar ao lado dos recentes acontecimentos na casa mais vigiada do País. Falo-vos, claro, do caso que envolve o Hélder. E, para o comentar, tenho de destacar dois momentos diferentes que me fizeram ver o Hélder sob duas perspetivas.
O primeiro foi quando ele foi chamado ao confessionário para falar com o Cláudio Ramos, foi sancionado, foi gerada uma onda de solidariedade à volta dele e ele ficou lavado em lágrimas, no sofá, a pedir desculpa ao Edmar e aos restantes concorrentes. Nesse instante, fiquei com a impressão de que ele tinha feito um comentário em tom de brincadeira, sem maldade, mas infeliz. Pensei: ‘Caramba! Isto foi um comentário infeliz. Ele está arrependido, percebeu a dimensão que isto teve, caiu na realidade e percebeu que esteve mal’.
A Iury soube dar uma chapada sem mão ao Hélder
Contudo, mudei completamente de opinião pouco tempo depois. E isso leva-me ao segundo momento: a conversa que o Hélder teve à mesa com a Iury. Ela foi uma mulher com ‘M’ grande! Foi uma miúda que o soube chamar à razão, que lhe soube dar uma chapada sem mão e dizer-lhe claramente na cara: ‘Tu és homofóbico’. Ele teve uma postura que me surpreendeu positivamente. Tiro-lhe o chapéu!
Ele afirmou que estava arrependido e, ali, contradisse-se completamente. Ele assumiu claramente que não consegue ver e não gosta de ver um casal gay a beijar-se. Que se sente mal, que sente repugna… Isso mostrou que ele, de facto, não está arrependido. O comentário que eu achara infeliz, na realidade, foi a exposição da consciência dele e daquilo que a mente dele pensa e para a qual está formatada. Ele é homofóbico! Apesar de querer convencer os outros de que não é, ele é homofóbico.
O Pedro Alves é tão ou mais homofóbico do que o Hélder!
O Pedro Alves juntou-se à conversa, ele que inicialmente se definiu como «um bocadinho homofóbico». Mas ele é tão ou mais homofóbico do que o Hélder! Porquê? Porque fez uma comparação entre gays e toxicodependentes. Como se a homossexualidade fosse uma doença ou uma coisa muito má para a homossexualidade! Cada um é livre de ter a sua orientação sexual. Não define carácter, personalidade e a pessoa em si. O que define, sim, são os comportamentos e as atitudes. E o Hélder, no meu ponto de vista, depois da conversa que teve com a Iury, é homofóbico.
Se, antes, pensava que era um exagero achar que ele deveria ser expulso de Big Brother 2020, agora não. A população deve votar e decidir se lhe deve ou não dar uma segunda oportunidade. Eu só daria uma segunda oportunidade a alguém que mostrasse arrependimento puro. E o Hélder mostrou precisamente o contrário. Por isso, não é digno de permanecer na casa. Se o Hélder deveria ser expulso no domingo? Completamente! Ele está em muitos mais lençóis. Até pode ter caído na graça dos portugueses, numa primeira análise. Mas, se havia dúvidas, depois da noite passada, elas ficaram todas dissipadas.
Quanto ao Pedro Alves, não tenho dúvidas: há a necessidade de a TVI igualmente intervir por causa das suas declarações. Se se intervém para um, intervém-se para os dois! Ele ter vindo fazer este tipo de comentários para apoiar o «irmão», como ele próprio disse, só demonstra que ele afinal não é «um bocadinho homofóbico». Ele é homofóbico! Ou então tem a orientação sexual dele mal definida, que é o que acho desde o primeiro momento. Portanto, para mim, hoje, o Pedro Alves sofreria a mesma sanção do que a do Hélder.
O Diogo conseguiu pôr os sentimentos à margem e ser reto!
Deixem-me ainda destacar duas reações à sanção do Hélder: a do Pedro Soá e a do Diogo. Relativamente ao primeiro, acredito que disse que abandonaria o programa se o Hélder fosse expulso pelas imagens que passaram. Garantidamente que, se fosse hoje, o Pedro Soá não teria a mesma opinião.
Em relação ao Diogo, ele foi o mais assertivo de todos, nomeadamente quando disse ao Hélder que este tinha entrado no BB Zoom com o pé direito e em Big Brother 2020 com o pé esquerdo. Não lhe passou a mão pela cabeça, porque não é para isso que servem os amigos. Quando tem de se dizer as coisas boas, diz-se. Quando se tem de chamar a atenção e dizer aquilo aquilo que o outro não quer ouvir, tem de se fazê-lo. Isso é que é ser verdadeiro. O Diogo foi o único que conseguiu pôr os sentimentos à margem e ser reto e racional!
Última nota para o Edmar. Ele não quer ferir ninguém e acredita piamente que o Hélder gosta dele enquanto pessoa – o que até não duvido -, mas considero que ele está magoado. Muito magoado.
Até para a semana! Sempre com o Big Brother em vista.
Crónica: Liliana Oliveira; Fotografias: reprodução TVI e redes sociais
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