Judite Sousa comenta polémica sobre «a senhora cá de casa»!

Judite Sousa tornou-se viral ao referir-se à empregada doméstica como «a senhora cá de casa». A jornalista esclarece a polémica e o significado da afirmação.

08 Jan 2019 | 8:37
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Judite Sousa tornou-se viral depois de se ter referido à empregada doméstica como «a senhora cá de casa». O comentário, feito nas redes sociais, tomou grandes proporções e, esta segunda-feira, 7 de janeiro, a jornalista falou sobre o assunto na rubrica de Fernando Alvim, Prova Oral, na Antena 3.

O motivo que levou Judite até à rubrica foi o lançamento do seu mais recente livro «Político esfaqueado, ou é morto, ou é eleito», no entanto, a jornalista optou por comentar a polémica afirmação.

«Houve pessoas que comentaram porque, pura e simplesmente, queriam dizer mal», começa por afirmar a cara da TVI.

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«É uma expressão carinhosa e de afecto. Quis dizer que é ela quem organiza a minha casa, quem manda na minha casa. Ela ajudou a criar o meu filho. É como se fosse família. Levo-a para todo o lado e não vejo mais nenhuma figura pública a fazer o mesmo», salienta, afirmando que Rosa é sua doméstica há cerca de 20 anos.

Judite Sousa afirma ainda que «quem não queria entender foi mesmo porque não queria entender» o significado da expressão.

 

«Querem pintar-me como frágil»

A jornalista perdeu o filho, André Sousa Bessa, em 2014, mas revela que isso não a deixou mais frágil. «Fiquei, obviamente, diferente com a morte do meu filho, mas não fiquei mais frágil. Há pessoas que querem pintar-me como frágil, mas não lhes vou dar essa satisfação».

Judite revela que se tal fosse verdade não teria sido possível continuar com o ritmo que a carreira profissional tem exigido. «Mais frágil não fiquei, se não não tinha conseguido trabalhar, escrever como escrevo, publicar livros como faço», garante.

Apesar disso, a jornalista recordou uma das suas obras, «Pensar, Sentir, Viver», onde considera ter abordado temas relevantes para a sociedade moderna: ansiedade, depressão e luto. Judite garante nunca ter sofrido de ansiedade, mas recordou a depressão que viveu após a morte do único filho.

«’Como se sai de uma depressão?’ Com a cabeça. É uma ilusão acharmos que os medicamentos nos tiram de uma depressão. Claro, que há depressões e depressões. Falo especificamente de depressões profundas. Não estou a falar de uma depressão por causa de um divórcio ou da perda de um emprego.Tive de pedir ajuda, mas a decisão foi da minha cabeça», revela.

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«O atentado a Jair Bolsonaro não foi encenado»

Por fim, a autora acabou por falar da sua recente obra e respondeu a algumas questões de ouvintes do programa, como é habitual. Judite, que cobriu as eleições presidenciais brasileiras em 2017, relembra que, na altura, já era claro que o atual presidente do Brasil ia ganhar as eleições. Para além de todas as sondagens apontarem para esse resultado, o candidato nem precisou de fazer campanha para ser o nome mais ecoado em todo o Brasil.

Judite acrescenta que o ataque com recurso a uma arma branca não foi encenado e que o presidente teria saído vitorioso de qualquer maneira. Contudo, a jornalista não nega o poder «da vitimização na política». «Os brasileiros queriam mudança e penalizar os 30 anos de danos do Partido dos Trabalhadores [PT]».

Judite, que confessou ter escrito o livro em apenas 10 dias, ainda descansou os portugueses durante a emissão ao afirmar que não achava que movimentos políticos com ideias extremistas ou populistas iriam ter qualquer protagonismo em Portugal, ao contrário do que tem acontecido em muitos países europeus nos últimos anos. «Somos um povo sábio, não de extremos».

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