Jornalista foi morto na Ucrânia. Tropas russas balearam carro onde seguia

Brent Renaud era norte-americano e tinha 51 anos. O fotógrafo que o acompanhava ficou ferido e teve de ser transportado para o hospital.

14 Mar 2022 | 13:10
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Um jornalista norte-americano foi morto na Ucrânia, pelas tropas russas, na manhã deste domingo, 13 de março. Brent Renaud estava em Irpin, perto de Kiev, quando o carro em que seguia foi baleado por militares. Tinha 51 anos.

O fotógrafo que o acompanhava e que seguia na mesma viatura foi ferido e transportado para o hospital. Só ficou a saber da morte do amigo depois de ter sido operado. Os dois estavam na Ucrânia ao serviço da revista Time, a realizar um projeto sobre a crise global de refugiados.

A Casa Branca já reagiu à morte do jornalista, através do Conselheiro para a Segurança nacional, que garante que serão tomadas as medidas apropriadas. Recorde-se que, na semana passada, o jornalista suíço Guillaume Briquet também ficou ferido, depois do carro em que seguia ter sido atacado pelas tropas russas no sul da Ucrânia.

Pedro Mourinho conta o que viveu na guerra da Ucrânia

Pedro Mourinho foi um dos enviados especiais da TVI à Ucrânia para fazer a cobertura da invasão russa àquele país. O jornalista esteve três semanas em cenário de guerra em Kiev, de onde foi aconselhado a sair por questões de segurança, e, quando chegou a Portugal, foi ao “Jornal das 8″.

“Acho que ninguém acreditava que a guerra ia começar, os ucranianos não acreditavam, nós jornalistas tínhamos sempre aquela crença profunda de que o conflito não iria ter início (…) e quando começa é essa incredulidade que toma conta de nós, que toma conta dos ucranianos”, disse, aproveitando para agradecer a Nuno Quá, o repórter de imagem que o acompanhou, garantindo que ganhou um amigo para a vida.

O jornalista revela ainda que soube do início da guerra por Paulo Fonseca. “Os hotéis são insonorizados e não nos permitia acordar para o que estava a acontecer. A primeira pessoa que me liga é o Paulo Fonseca, o treinador de futebol. Nós tínhamos estado a almoçar nesse dia em Kiev, em que a vida ainda era normal. E naquela hora tudo muda”, conta de semblante carregado, para a seguir contar o que se sente ao ouvir as sirenes.

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Texto: Patrícia Correia Branco com Ana Lúcia Sousa; Fotos: Reprodução SIC e Impala
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