Greve de fome | Filho de João Sotto Mayor suplica ao pai: “Vem para casa” (EXCLUSIVO)

João Sotto Mayor, um dos nove empresários em greve de fome à frente da Assembleia da República, recebeu uma mensagem do filho mais velho pedindo o seu regresso a casa.

03 Dez 2020 | 18:50
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João Sotto Mayor mantém-se em greve de fome há precisamente sete dias. Ele é um dos nove empresários do movimento “Sobreviver a Pão e Água” que estão instalados em frente à Assembleia da República, em Lisboa, reivindicando uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, ou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Mas, até agora, nada.

Os manifestantes não desistem e continuam com a greve de fome. Mesmo perante a insistência do filho mais velho, no caso de João Sotto Mayor. “O João Maria mandou-me uma mensagem a dizer: ‘Pai, sai daí. Vem ensinar-me a trabalhar’. E disse: ‘Pai, quando saíres daí, vou oferecer-te um jantar no teu restaurante favorito. Pago eu. Pai, vem para casa’”, contou o empresário à TV 7 Dias.

João Maria tem 16 anos e é o primogénito de João Sotto Mayor. O grevista é ainda pai de Francisco Maria, de sete, fruto da relação de dois anos com a apresentadora Isabel Figueira, que terminou em 2014.

 

Isabel Figueira “muito” preocupada com “estado emocional” do ex

 

Nas redes sociais, a também atriz alertou os seguidores para a ação de protesto contra as medidas do Governo para os setores da restauração, bares e diversão noturna, liderada por “nove soldados fixos”. “Dois deles são pessoas que me dizem muito. Um é o pai do meu filho mais novo, que se chama João, o outro é um amigo de longa data, Zé Gouveia”, especificou.

“Infelizmente, deixa-me muito triste. O pai do meu filho mais novo já está num estado emocional que me preocupa muito e vejo um amigo a ficar, cada vez mais, debilitado. Conheço os dois muito bem e sei que não vão sair dali até serem ouvidos”, acrescentou.

 

Greve de fome dura há uma semana

 

O protesto foi iniciado por alguns rostos do movimento “Sobreviver a Pão e Água” na passada sexta-feira, depois de, nesse mesmo dia, terem tido uma reunião na Presidência da República da qual “não resultou nada”

Ljubomir Stanisic, José Gouveia e João Sotto Mayor, entre outros, foram ouvidos por assessores do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e não pelo próprio chefe de Estado, como esperavam. “O Presidente não apareceu. Os assessores disseram-lhes que iam passar-lhe a mensagem”, disseram, na altura, à TV 7 Dias.

Na origem do movimento está a crise instalada nos setores da restauração, hotelaria, comércio e cultura por causa da pandemia da COVID-19. Reclamam não só pela falta de apoio do Governo a estas áreas como pelas medidas de restrição aplicadas, que põem em causa a sobrevivência dos negócios.

 

Texto: Carla Ventura e Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e Nuno Moreira

 

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