Gonçalo Diniz «muito preocupado» com o pai no Brasil! País é um dos focos da pandemia

Gonçalo Diniz esteve à conversa com a TV 7 Dias e explicou os seus receios, sobretudo pelo pai, que vive no Brasil. Dias depois, o ator viu falecer o sogro, a quem fez uma sentida homenagem.

24 Mai 2020 | 14:00
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Com o desconfinamento a acontecer progressivamente, e já com data para regressar ao trabalho, Gonçalo Diniz ainda se encontra por casa, na companhia da mulher, Sofia Cerveira, e da filha, Vitória. Em conversa com a TV 7 Dias, conta-nos como tem enfrentado os últimos tempos.

«Tenho levado de uma forma muito calma e serena. Em pouco se alteraram as nossas rotinas, continuo a levar uma vida feliz com a minha família, estamos em paz», começa por dizer, revelando quais são as atividades que preenchem o dia-a-dia da família: «Todo o tipo de atividades, não temos uma rotina certa, vamos ao encontro das necessidades de cada um. Temos uma casa grande que dá para cada um estar no seu espaço sem se incomodar.»

Nestes quase dois meses de total privação com a vida dita «normal», Gonçalo Diniz elogia o comportamento da pequena Vitória, de três anos. «Curiosamente, a Vitória está a ser a pessoa mais cool neste processo todo, porque não tem entendimento nem consciência do que realmente está a acontecer, e para ela é estar em casa com os pais, o que adora», confessa.

Não deixando dúvidas de que é um apaixonado por este seu papel de pai, transmite, em cada palavra, que tem vivido com imensa alegria cada momento: «Fazemos todo o tipo de brincadeiras, temos um jardim, então fazemos atividades de agricultura, limpeza da casa, fazemos jogos, pintura, bricolage, um pouco de tudo! Fui professor de teatro e então tenho muitas técnicas de entreter as crianças.»

Com Portugal a lutar para vencer esta dura batalha, Gonçalo Diniz, 47 anos, admite que não sente um medo maior depois do problema de saúde que enfrentou [N.R.: cancro nos testículos]. «Não tenho mesmo medos nenhuns que isto possa afetar-me, pois estou a proteger-me. Então nunca estou preocupado a pensar que efeitos poderia ter comigo por causa da quimioterapia. Quatro anos depois já estou praticamente recuperado, penso eu, mas também não tenho muito conhecimento sobre o assunto para poder expressar uma verdade autêntica sobre a temática», conta, referindo quais são as medidas que toma para se proteger a si e aos seus: «São as mesmas que toda a gente toma. A questão de lavar as mãos fazemos com frequência, mas isso já eu fazia há anos, muito antes de fazer quimioterapia», partilha.

Dono de um espírito positivo e de uma boa disposição contagiante, Gonçalo leva a vida de uma forma leve e serena, e nem o facto de ter estado parado profissionalmente cerca de dois meses lhe causou grandes preocupações: «Não estou na loucura que muitos colegas estão, de ter de fazer conteúdos para entreter, estar on, ter likes, não tenho essa necessidade. Formei-me em cinco anos como ator, acredito no meu profissionalismo e que as coisas vão mudar para melhor em termos pessoais», assegura.

A única situação que lhe aperta mais o coração é a situação que se vive no Brasil, já que o seu pai e outros familiares vivem lá. «Tenho lá o meu pai, além de muitos outros familiares da parte da minha mãe, que é natural de lá, mas estou preocupado, muito preocupado, porque o meu pai viria agora em maio e não sei se conseguirá viajar. Mas ele está cuidado em casa, é uma pessoa muito cuidadosa e tem quem o ajude», refere.

A finalizar, Gonçalo Diniz revela como o Mundo, na sua opinião, vai mudar com esta pandemia. «Sim, as prioridades serão outras. As pessoas vão ter de mudar, muita gente vai cair em depressão, porque não vai adaptar-se a esta nova vida. Sinceramente, como eu já estou neste registo há muitos anos, na busca desta felicidade, de viver o lado bondoso da vida, postura que me tem sido muito criticada, não me custará. Chegou o momento de te preocupares mais com os outros, deixar as futilidades de lado e dar prioridade a viver feliz.»

 

Promessa na despedida

 

O dia 6 de maio acabou da pior maneira para a família de Gonçalo Diniz. O motivo prendeu-se com a morte do sogro, Raul Cerveira, de 76 anos, conceituado mestre do karaté, vítima de doença. Num texto, o ator manifestou a admiração que sentia pelo sogro.

«Ao meu querido Mestre Raul Cerveira, meu mentor, meu amigo, meu companheiro de luta e meu amado sogro deixo aqui o meu grito de amor, de gratidão e de comprometimento com tudo o que falámos sobre educação. Talvez a pessoa mais FORTE que conheci na vida, mais nobre e mais dedicado aos seus. Sempre tinha uma palavra sábia, ternurenta e eficaz. Vou ter muitas saudades, mas garanto que os seus ensinamentos serão eternos aqui em casa. (…) Até já, querido.»

 

Texto: Sónia Antunes Rodrigues (sonia.rodrigues@impala.pt); Fotografias: Arquivo Impala e reprodução redes sociais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1731 da TV 7 Dias)

 

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