Venceu a primeira edição de Love On Top, em 2016, participou no Desafio Final 4, em 2017, e, mais recentemente, aventurou-se no novo programa de influenciadores digitais da TVI. Filipe Vilarinho optou por ter um breve percurso em Like Me e desistiu.
A TV 7 Dias conversou em exclusivo com o jovem de 33 anos para perceber o que motivou a desistência e também para esclarecer divergências com outros concorrentes. Filipe Vilarinho assume que não voltará a entrar em reality shows e, após o programa, mostra-se rendido ao mundo digital.
«Não estava preparado psicologicamente»
Esteve afastado cerca de dois anos e meio dos reality shows. Por que voltou agora?
Quando me contactaram foi muito próximo da data de estreia, estava de férias na altura. Por consideração e respeito à Endemol e à TVI, que até à data sempre foram muito corretos comigo, acabei por aceitar sem perceber muito bem os meandros de onde me ia inserir, qual era o formato do programa. Não me preparei, não levava nada definido.
O que o levou a desistir?
A verdade é que tive um leque muito bom, aprendi muito com cada um deles. Fizeram-me ver quais os motivos para cada um estar no programa e eu não tinha esses mesmos motivos, estava deslocado. Achei que não era justo. Sabia bem, desde o primeiro dia, que o público e as pessoas que me apoiavam antes ainda estavam presentes, mas comecei a equacionar tudo e percebi que não era a melhor fase para ter entrado. Não estava preparado psicologicamente para embarcar nesta aventura, não me sentia confortável. Não sou uma pessoa de muitas fotografias ou vídeos.
«Já não me vejo mais a fazer isso. Já chega!»
Se tivesse continuado no Like Me, acha que conseguiria chegar até à final?
Sem qualquer tipo de presunção e com muita humildade, digo que chegaria facilmente à final. Não ganharia, mas acredito que chegasse a um terceiro lugar, não desfazendo de nenhum dos concorrentes. Sei que as pessoas que me apoiam já demonstraram que estão comigo sempre. Facilmente iria à final, mas não seria justo estar a fazer as pessoas ficarem agarradas à televisão tantas horas e acabarem por investir dinheiro, se não estivesse a dar o melhor de mim. Eu não sentia que estava a dar.
E arrepende-se de ter desistido?
Não, nada. Arrependo-me da decisão que tomei de ter entrado sem ter tudo muito bem equacionado.
Like Me foi a despedida dos reality shows?
Sim. Se me quiserem chamar, estou disponível para um Dança Com As Estrelas, mais do que isso está fora de questão. Não me vejo a fazer mais nada de reality show naquele formato, fechado numa casa com concorrentes…Já não me vejo mais a fazer isso. Já chega!
«Eu e a Isabela entrámos numa situação de ponto sem retorno»
Como explica as consecutivas discussões com Isabela ao início?
Eu e a Isabela tivemos um problema que tentámos explicar dentro da casa e quanto mais tentávamos explicar, pior era. Tivemos um pequeno atrito antes da gala. Quando foi definido com quem é que cada um de nós iria entrar e ficar sentado, ouvi a Isabela a dizer: ‘porquê o Filipe?´’. No fim da gala, senti a necessidade de lhe dizer, para tentar entrar na casa sem qualquer tipo de problemas. Ela entendeu que eu já estaria a jogar, já vinha com uma ideia pré-concebida, que venho do Love On Top, sou mulherengo, galã e que posso entrar nesse tipo de jogo mais de romantismo. Automaticamente criou uma barreira entre nós.
Mas depois tudo mudou e houve uma aproximação que começou a dar que falar…
Começámos a entrar em fricção, mas ao mesmo tempo tínhamos uma relação muito boa. As nossas picardias eram muito engraçadas. Por outro lado, comecei a sentir que ela às vezes deturpava as coisas, talvez inconscientemente, e deixava-me numa posição muito vulnerável. Fiquei sem perceber se ela tinha mesmo alguma coisa contra mim ou não. Com o passar do tempo, percebi que estávamos na mesma posição: ambos gostávamos de lidar um com o outro, de forma genuína, sem qualquer tipo de malícia. Sabendo o que passa lá para fora, tivemos de optar em não nos darmos tão bem. Entrámos numa situação de ponto sem retorno: se discutíamos, era porque discutíamos, se estávamos bem, era porque estávamos bem. Condicionou-nos um pouco, até em conhecermos-nos melhor…
«É o Luan que ganha»
Também teve vários momentos de tensão com o Wilson. O que pensa sobre ele?
Foi mau timing. Não era o formato para nós entrarmos, devíamos ter entrado num Secret Story ou Desafio Final, jamais um Like Me. Num contexto com segredos, discussões…um enredo mais agressivo. Andar a ‘picar o miolo’, como se costuma dizer, até que a outra pessoa expluda. Não sei se foi esse o intuito dele, não falei com ele cá fora. Como eu disse, não vou à procura de amizade lá dentro. Dou-lhe mais valor enquanto jogador, mas não tinha impacto naquele formato. Não é o formato dele, ali é um peixinho fora de água.
Dos concorrentes que ainda estão em jogo, qual considera o mais forte?
A Isabela é, sem dúvida alguma, a concorrente mais forte em termos de likes, mas isso não significa que ela seja a vencedora automaticamente. Os votos feitos com moedinhas na aplicação é que fazem o vencedor. Nessa campo, diria que é o Luan que ganha. Para mim, o Tiago e o Luan são os que têm os fãs com mais poder de votar. Como o Tiago já ganhou a edição dele, neste caso iriam apostar no Luan e dar um prémio equivalente.
Considera-se um influenciador digital?
Não. Considero que aprendi algumas coisas lá dentro que me fizeram repensar na minha forma de estar nas redes sociais, como deixar de ser só um meio de contacto. Projectar-me a mim ou uma marca nunca foi algo que eu pensasse fazer, nunca tive esse à vontade.
Porém, ultimamente tem estado mais ativo nas redes sociais…
Neste momento vou explorar um bocadinho. Vou tentar ver até que ponto as minhas fotos funcionam e se tenho espaço nas redes sociais. Se realmente o retorno for positivo, vou procurar, então, ganhar um bocadinho mais de coragem, deixar de ser tão tímido, e tirar umas fotografias mais apelativas.