Fátima Lopes saiu da SIC em 2011 para reforçar a TVI. Durante sete anos, a apresentadora conheceu o sabor da vitória. Porém, desde que a nova direção da SIC, liderada por Daniel Oliveira, contratou Cristina Ferreira, tudo mudou. Contudo, apesar dos maus resultados, esta não é uma questão que aflija a apresentadora. «Guerra de audiências? Ando cá há 25 anos e tenho de vos refrescar a memória. Antes de a SIC estar a ganhar, esteve a perder. Isto, para mim, é um déjà vu.», afirma.
Uma das polémicas mais recentes foi que o grupo da Media Capital tinha proibido os seus principais valores de dar entrevistas a outras estações ou órgãos que não fossem da casa. Uma questão que a apresentadora de A Tarde É Sua rapidamente desfez. «Isso, para mim, não existe. Ainda há pouco tempo estive no 5 para a Meia-Noite e até era para ir ao programa do Herman. Ainda não fui porque não arranjei agenda, porque ele já me convidou e eud isse que ia. Se a Cristina me convidar, vou lá… e informarei a TVI por uma questão de educação, mais nada. É uma questão de respeito. É bom que as pessoas saibam respeitar as regras, nós também temos de saber respeitar. Não existe na TVI nenhuma restrição, neste momento. Eu vou se entender que faz sentido, se achar que faz sentido, mas, acima de tudo, se eu tiver agenda.»
Quanto à entrada de Felipa Garnel para a direção de programas, Fátima sente-se confortável. «Conheço a Felipa há muitos anos, ela está entusiasmada. Eu estou entusiasmada com esta nova fase. Primeiro, porque tenho um vínculo com a TVI, e continuam a apostar e a acreditar em mim. Com esta nova direção, tiveram logo uma conversa comigo. Eu percebi que existe um projeto de carreira para mim. Portanto, desconfortável não posso estar. Ter medo não é a minha maneira de estar na vida. O medo é algo que inibe as pessoas de inovar e de criar e, portanto, eu sinto que aquela é a minha casa. Amanhã
não sei. Hoje, aquela é a minha casa. As pessoas têm de estar alinhadas com as casas em que trabalham. Se assim não for, saem.», explica.
«Estou muito treinada a lidar com o Goucha»
Já quanto ao suposto projeto em conjunto com Manuel Luís Goucha, Fátima não adianta pormenores. «Eu fiquei entusiasmada com o projeto todo para a minha carreira. As pessoas que lá estão são criativas, grandes profissionais, e querem fazer diferente. Não os crucifiquem antes de começarem a trabalhar. Não vou responder a nada que tenha a ver com a mudança. Primeiro, não vou sair das tardes, e depois a TVI pediu-me para fazer algo que há muito eu não fazia, e que adoro e já comecei a fazer, que é reportagem para o meu programa. Quanto às grandes mudanças, essas serão mais para a frente. Apenas posso dizer que estou muito treinada a lidar com o Goucha.»
E contrariamente ao que os resultados parecem indiciar – que a TVI atravessa um momento particularmente difícil com os seus profissionais desmotivados –, Fátima Lopes garante que é a imagem que a concorrência quer dar a entender para ganhar, mas que a situação que se vive é bem diferente. «Vive-se um espírito de confiança e esperança no futuro. As pessoas não estão desmotivadas. É mais fácil criar essa ideia cá para fora, para fragilizar as pessoas. Normalmente, quem faz isso é quem está do outro lado e tem medo. Têm consciência de que, do outro lado, não estão pessoas mortas mas com vontade de trabalhar.»
«Eu não sou amarga»
Quanto a amores, algumas notícias referem que Fátima Lopes está novamente apaixonada e que até tinha encontrado um novo amor no local onde trabalha, alguém conhecido por JP. A apresentadora responde, lançando de volta a questão. «Sim? Eu pergunto por quem… Ainda não encontrei a pessoa. Continuo solteira e boa rapariga. Quando soube que diziam que era alguém dentro da TVI, foi um mar de riso. Não existe, nem sei quem é, e foi um mar de riso. Perguntaram: ‘Ouve lá, quem é que trabalha cá com esse nome?’ Não sei, mas, se quiserem, apresentem.»
Divorciada há dois anos, a apresentadora não nega que gostaria de conhecer alguém e partilhar a sua vida sentimental. «Só Deus sabe com o que me vai presentear e se houver alguém no meu caminho, eu viverei isso. Se não, já fui uma mulher muito amada e não sou nada amarga. O pior é quando uma pessoa fica amarga porque terminou e perde o amor. Eu não sou amarga. Sou uma pessoa superdoce e carinhosa, porque sou feliz. Sei o que é amar e ser amada. Estou sempre a abraçar as pessoas à minha volta porque cá dentro tenho o coração cheio e porque construí uma família diferente, a três, mas somos uma família feliz.»
Estar sozinha não é algo que incomode Fátima Lopes, antes pelo contrário. «Não me importo nada. Gosto muito de estar só e da minha companhia. Já antes gostava de estar sozinha e até tirava dias para estar só, porque é muito importante. Nós temos de dividir o nosso espaço e energia para estar connosco. Isto mesmo estando casados, tendo um namorado ou companheiro. Hoje em dia acontece-me muito estar só… e eu gosto da minha companhia e de estar comigo. Gosto de mim.»
Texto: Eduardo César Sobral | Fotos: Tito Calado, Arquivo Impala e redes sociais
(texto originalmente publicado na TV 7 Dias nº 1698)
