“Eu nasci para fazer isto”: Fernando Rocha já não troca representação por nada

Depois de um ano em cheio, o humorista assumiu a apresentação do histórico programa de humor. À TV 7 Dias, Rocha agradece a Cristina Ferreira, mas quer continuar nas novelas da SIC.

16 Jan 2022 | 8:10
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O programa passou no dia dois de janeiro na SIC, mas Fernando Rocha já tinha estado a gravar o especial “Levanta-te e Ri”, no Multiusos de Guimarães, no início do mês. A TV 7 Dias esteve nos bastidores do programas e falou com o humorista que pegou no programa pela segunda vez. “A primeira vez foi em 2005/2006, quando o Marco Horácio esteve doente. Na altura era o Francisco Penim o diretor de Programas e ele perguntou-me se eu tinha capacidade para agarrar naquilo e eu disse ‘ok, é melhor haver programa do que não haver.’ Antes disso a SIC tentou meter outro apresentador mas eu disse não, que o apresentador devia ser o Marco Horácio e eles meteram o Miguel Barros, que apresentou para aí uns seis ou sete, mas que depois também não funcionou muito bem. As pessoas estavam habituadas ao Marco Horácio”, recorda.

Agora, passados cerca de 14 anos, o cenário é diferente e não hesitou. “Desta vez não há hipótese. O Marco Horácio passou para outra estação, temos que continuar o projeto e então aí aceitei.” À vontade em palco, Rocha diz que em momento algum do espetáculo, com lotação esgotada, se sentiu nervoso e conta que “correu muito bem. Quando me surge o convite eu estou com a sorte de há quatro anos eu ter um projeto no You Tube que é o genérico do Levanta-te e Ri, que é o Pi100pé. É uma versão mais baratinha, que eu não tenho os mesmos meios que a SIC, lógico, apesar de já ter investido uns milhares. Então eu há quatro anos que sou apresentador e isso deu-me estaleca sem eu sequer imaginar que mais tarde ia aparecer-me este convite.”

A distância que separa Lisboa de Guimarães é grande, mas não faltou apoio da direção da SIC e da sua equipa, o que o tranquilizou. “Toda a gente me veio dar força e uma palavra de coragem para que corra bem. Isso foi aquilo que me ficou mais na memória. Eu não sei, porque eu nunca trabalhei nas outras estações, mas trabalhar na SIC é um grande privilégio. São todos muito generosos para com os colegas”, reconhece, acrescentando que nem a direção faltou à gravação do programa, fazendo-se representar por “um dos braços direitos do Daniel Oliveira, a Cristina Verdu, que fez a viagem de propósito ao norte para estar lá só para me dar uma palavra e um abraço. Tenho a certeza que se o Levanta-te e Ri não fosse em Guimarães, se fosse em Lisboa, que também lá estaria o Daniel Olveira. Só que o homem tem 300 coisas para fazer…”

Obrigado a Cristina Ferreira

2020 fica marcado com um ano importante na carreira de Fernando Rocha e cujo reconhecimento chegou inclusivamente da concorrência que o tentou levar. Apesar de ter recusado a oferta “generosa”, Rocha mostra-se grato. “Agradeço muito à TVI, ao Dr. Mário Ferreira e à Cristina Ferreira, que foram as pessoas que entraram em contacto comigo. Eles ao contactarem-me com esta vivacidade e vontade toda só significa que eles acreditam no meu trabalho porque eu pouca relação pessoal tinha com aquela gente. Eu cruzei-me uma ou duas vezes com a Cristina Ferreira e o Mário Ferreira conheci-o nesta altura. Hei-de estar-lhes eternamente grato. Algum dia posso vir a trabalhar com eles, uma pessoa nunca sabe o dia de amanhã. Neste momento estou na SIC, estou muito bem”, assume.

Ainda no ar com o seu bombeiro Tó Quim, em Amor Amor, na SIC, o humorista só tem planeado para já, a estreia de um filme em junho. Trata-se de 2 Duros de Roer, um policial protagonizado por ele, João Seabra e a Mafalda Luís de Castro. Em televisão, aguarda nova chamada. “Não sei se está na calha uma novela ou não, só o Daniel poderá dizer, mas a verdade é que este ano foi um ano muito importante, em que experimentei fazer uma novela. Quero fazer isto a minha vida toda. Estou a gostar de me ver e adorei a experiência. Eu nasci para fazer isto. Faz-me feliz”, conclui.

Texto: Luís Correia (luis.correia@impala.pt); Fotos: João Manuel Ribeiro

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