Chegou a vez de Liliana Almeida do “Big Brother Famosos” apresentar a sua curva da vida. Na gala deste domingo, 6 de fevereiro, do reality show da TVI, a cantora fez uma viagem pelos melhores e piores momentos do seu passado e acabou por recordar os amores que já viveu, a banda Non Stop, a descoberta da homossexualidade, a depressão que viveu e a morte da irmã.
Filha de dois refugiados da guerra de Angola, a concorrente do “Big Brother Famosos” começou por explicar que viveu a sua infância na “mansão, um lugar que acolhia os refugiados em Albufeira”. Desta época, lembra-se que a irmã “era uma criança doente“. Liliana “não sabia bem quem era ela”. “Eu não percebia muito bem. Era uma relação só de olhares”, diz, sem adiantar mais detalhes.
Já nessa altura, a cantora era uma “maria-rapaz”. “A minha mãe perguntava-me quando é que eu virava uma mulher (risos). Perguntavam-me se eu era um menino. As meninas apaixonavam-se por mim. Aquilo [ser maria-rapaz] era natural em mim. Eu não me sentia bem com uma saia”, esclarece, contando que passou a ser “uma mulher que usava vestidinhos” já em finais dos anos 1990.
Foi também por altura da viragem de século que Liliana viu anúncio e fez o casting que a levou a fazer parte das cinco eleitas para formar as Non Stop ao lado de Andrea Soares, Kátia Moreira, Ana Rita Reis e Fátima Sousa. “Depois, ali em 2004/2005, começámos a ficar com menos trabalho. Tiraram-nos muita coisa que era nossa, enganaram-nos muito”, lamenta.
Os amores e as desilusões da concorrente do “Big Brother Famosos”
A concorrente do “Big Brother Famosos” não esqueceu os grandes amores da sua vida. Um deles aconteceu quando as Non Stop eram um sucesso em Portugal. Liliana conheceu um homem que marcou “muito” a sua vida e com quem namorou durou oito anos.
Acabaria, entretanto, por “descobrir que gosta de mulheres”. “Senti-me atraida por uma mulher e fui à busca para perceber o que era e gostei. Namorei com essa mulher durante dois anos e a minha família não soube de nada. Eu escondi de todo o mundo. Terminou e fiquei sem chão. Foi aqui que tive uma depressão. Perdi-me no meio disto tudo e quis deixar de cantar. As Non Stop apoiaram-me imenso”, garante.
Ao Big, que conduz estas conversas com os moradores da casa, revelou ainda que o ano de 2010 foi agri-doce: lançou a música “Ibiza for Dreams” com Diego Miranda e percorreu o mundo com esta canção, mas também perdeu a irmã. “Eu estava no Rock in Rio Lisboa e recebo um telefonema da minha mãe a dizer que a minha irmã tinha partido. Não poder abraça-la é forte. Ela era bem especial. Ela viveu como devíamos viver todos: em constante alegria. Dá-me sempre muita paz pensar nisso”, diz, em lágrimas.
Recorde a música “Ibiza for Dreams”:
Liliana recordou ainda o “grande amor” da sua vida, que conheceu aos 30 anos e com quem esteve durante sete. “Foi muita coisa intensa. Tivemos de transformar esse grande amor porque aconteceram muitas coisas que nos amassaram muito”.
A curva da vida da cantora do “Biog Brother Famosos” terminou com palavras ternurentas para Jaci Duarte, com quem namorava até entrar no reality show, e sobre Bruno de Carvalho, por quem se apaixonou na casa da Malveira. “Em 2020, conheceu a Jaci. (…) Eu estava radiante. A Jaci é luz e isso não mudará”, frisa Liliana, rematando: “O Bruno é muito especial para mim. Ainda não percebi bem o que sinto e estou a tentar perceber o que é que se está a passar comigo”.
No confessionário, questionada por Cristina Ferreira, Liliana Almeida confessou que, entre a gravação da sua curva da vida e este domingo, já consegue definir o que sente pelo ex-presidente do Sporting: “É amor, estou apaixonada pelo Bruno”.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução TVI
