Entrevista à estrela brasileira Adriane Galisteu: “Tenho uma relação única com Portugal”

Apresentadora da nova edição de “Power Couple”, Adriane Galisteu não esconde a sua paixão por Portugal e mostra-se feliz com o regresso à Record TV. Pelo meio, recorda os desafios da pandemia.

29 Jun 2021 | 8:10
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TV 7 Dias – Entre 2000 e 2004 esteve à frente do “É Show”, da Record. Seguiram-se passagens pelo SBT, Band e Globo. Dezassete anos depois está de volta à Rede Record. Que sentimentos a invadiram quando recebeu esta proposta?

Adriane Galisteu – Emoção! Estou muito animada, cheia de energia e feliz da vida por voltar a fazer o que amo. É como se nunca tivesse saído, é uma sensação de intimidade que eu criei há anos e que continua até hoje. Este regresso está sendo muito especial, porque foi nessa emissora que eu cresci como apresentadora, aprendi a fazer programas ao vivo e levei prémios importantes da televisão brasileira – ao comando do “É Show” – e, hoje, voltar à frente de um programa que já é sucesso na casa é ainda mais prazeroso. A responsabilidade só aumenta.

Foi convidada para assumir a apresentação do reality show “Power Couple”. Apesar da sua experiência à frente das câmaras, o nervosismo ainda se faz sentir neste regresso?

Sim, e se não tiver borboletas no estômago eu acharia estranho. Já o senti no programa da estreia, agora é o nervosismo do dia-a-dia, das provas e do programa ao vivo. Por mais experiente que você seja, sempre vai ter esse nervosismo.

Sente o peso da responsabilidade ao substituir o inesquecível apresentador Gugu Liberato nesta 5.ª temporada do programa?

Em relação ao Gugu acho que, assim como ele, outros também são insubstituíveis e nunca irei ou pensei em assumir o lugar do Gugu. Penso encontrar o meu caminho dentro do programa e a minha forma de comunicar. Agora olho para ele como um grande amigo que tive, um homem generoso, e tenho a certeza que ele está a torcer por mim.

E como está a decorrer esta edição, que podemos assistir diariamente na Record TV?

Ah! Muitas eliminações, muitas polémicas. Aliás, já está acontecendo muitas entre os casais (entre eles mesmo) e no jogo em si. E eu estou adorando, porque é isso que faz a movimentação dentro do programa. Sempre fui fã de reality. Assisto a todos.

Viaja regularmente para Portugal. Gosta de cá estar?

Amo! Vou sempre que posso. Amo os portugueses, sempre carinhosos comigo, tenho aí grandes amigos e posso falar que tenho uma relação única com Portugal… especial demais.

Recentemente, esteve por cá a gravar a 2.ª temporada do programa da SIC Caras “Tu Consegues, com Carmen Mouro”, que se estreou este sábado, dia 19 de junho. Como correu esta experiência?

Foi maravilhoso fazer parte desse projeto, ao lado dos meus colegas Nuno Gama, Sharam Diniz e Fredy Costa. Estive aí um mês e meio a gravar, com a missão de encontrar a próxima estrela da moda portuguesa.

E voltaria para participar noutro projeto, com outro registo?

Sim, porque não? Claro que voltaria.

Durante a pandemia, descobriu alguma faceta desconhecida em si?

Sim, várias (risos). Sem querer romantizar a pandemia e a quarentena, acho que ela veio para fazer com que algumas “fichas” das nossas vidas caíssem de vez. Quem não saiu melhor dessa quarentena não sei se vai aprender com outra coisa. Foi um momento para a gente repensar, rever as nossas verdades, as nossas tabelas de valores. Eu trabalhei muito na pandemia, fiz uma viagem para Portugal para fazer um reality, faxinei, tirei da frente um monte de coisas, alimentei o meu canal do YouTube, fiz lives, criei o meu podcast, “Fala Galisteu”… Enfim, fui inventando várias coisas durante esse tempo, mas o que mais curti foi ter a oportunidade de ficar com a minha família muito tempo. E com o passar do tempo, a gente vai sentir falta desse “tempo” que temos e isso nunca mais vai mudar. Percebemos que, na nossa vida, é importante o beijo e o abraço. E o quanto é importante ter um colo, amor, exercer a generosidade, tirar da frente o que não vale a pena… tudo isso aprendi na pandemia.

Chegou a ser invadida por momentos de desespero?

Apesar de ter trabalhado muito, nos três primeiros meses tive tempo de me desesperar (no início), morrer de medo (depois) e, no terceiro momento, entender a minha situação com a minha família e fazer o melhor que a gente podia. A minha pandemia serviu como lição. Aliás, ainda serve, porque ela não acabou, não é?

Ao longo da sua carreira, fez teatro, televisão e cinema. Onde se realiza mais como artista?

Estou sempre querendo mais, mas isso não significa que não esteja feliz. Tenho muita gratidão por tudo o que conquistei, pelas pessoas que me ajudaram a chegar até aqui também. Porém, quero muito mais e não sou capaz de descrever se sou uma, duas ou três coisas. Acho que quando a gente não tem uma lista extensa, é um péssimo sinal e o que menos me ia deixar feliz é se faltasse pouco para me realizar, ou fosse uma mulher já realizada. Sou uma mulher feliz com as coisas que conquistei, mas ainda quero muito mais, porque tenho muita lenha para queimar (risos). Sou uma mulher que gosta de trabalhar e o segredo é não parar. Adoro desafios e inovar. E como todos sabem, já fiz de tudo um pouco na televisão.

 

Ayrton Senna, a paixão inesquecível de Adriane Galisteu

 

Casada há 12 anos com o empresário Alexandre Iodice, Adriane Galisteu namorou com a lenda da Fórmula 1, Ayrton Senna, de 1993 até ao dia em que o piloto brasileiro morreu, a 1 maio de 1994, após um acidente no GP de São Marino, em Itália. Todos os anos, a atriz e apresentadora, de 48 anos, faz questão de homenagear o piloto: “1º de maio não tem quem não lembre onde estava… #sennaforever”, escreveu na legenda de uma fotografia que partilhou nas redes sociais, na qual surge ao lado de Senna.

 

Texto: Pedro Vilela (pedro.vilela@impala.pt); Fotos: Divulgação e Danilo Borges

 

(entrevista originalmente publicada na edição nº 1788 da TV 7 Dias)

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