“É triste. Já não tenho paciência”: Gisela Serrano abandona sonho de ser mãe

Gisela Serrano desistiu de concretizar o desejo de ser mãe e aponta críticas ao processo de adoção em Portugal. A comentadora do “Big Brother” recordou ainda a mãe, vítima de um cancro no pâncreas.

13 Abr 2021 | 18:00
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Gisela Serrano marcou presença na emissão desta segunda-feira do programa da “Dois às 10”. Em conversa com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz, a comentadora do “Big Brother” e fisioterapeuta, de 49 anos, assumiu ter abandonado o sonho de ser mãe, justificando que o processo de adoção de uma criança, em Portugal, é demasiado moroso.

Já desisti porque, em Portugal, é um bocadinho complicado estar-se à espera de uma criança. As instituições estão cheias e há crianças praticamente todos os dias a serem colocadas nas instituições, mas há uma burocracia muito grande. Está-se seis ou sete anos à espera. Já não tenho paciência”, explicou, no matutino da estação de Queluz de Baixo. Gisela Serrano anuiu quando questionada por Cláudio Ramos se esta tinha sido “vencida pelo cansaço”.

Aquela que se deu a conhecer no programa “Masterplan”, da SIC, em 2002, lamentou não ter tido a oportunidade de ter uma criança no seu seio familiar. “É triste. Eu tenho toda uma estrutura”, lamuriou, detalhando que deu início a um processo de adoção há “quase dez anos”. “Inscrevi-me sozinha. Tinha todas as condições para o ter sozinha, mas depois casei-me e é outro processo”, explanou. Apesar de não conseguir concretizar-se enquanto mãe, Gisela Serrano assume-se feliz ao lado do marido, Nuno Pereira. “É a minha alma gémea”, confidenciou. 

 

Gisela Serrano sobre a perda da mãe: “Tenho tantas saudades dela”

 

A ex-concorrente de reality shows não segurou a emoção ao evocar a morte da progenitora. Dilar Relvas sucumbiu a um cancro do pâncreas no dia 18 de março de 2020. “A minha mãe era muito engraçada”, recordou, nostálgica e entre lágrimas. A doença de Dilar, que durante muito anos foi presença assídua no extinto “Você na TV!”, apresentado por Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira, apanhou a filha de surpresa.

“Foi tudo muito rápido”, começou por dizer. “A minha mãe tinha feito exames há coisa de sete meses [antes da morte] e estava tudo bem. O facto é que ela andava a emagrecer e emagreceu 18 quilos num ano. Mas houve aqui também uma pequena confusão com a médica de família, porque ela tinha alterado a medicação para a diabetes. Pensava-se que era essa a medicação que a estava a fazer emagrecer. O cancro no pâncreas é uma doença muito silenciosa. Não é detetado com uma simples ecografia. Tem de se fazer uma ressonância magnética para se saber que ele lá está e é uma bomba relógio”, recordou.

Durante a doença da progenitora, Gisela Serrano afirmou que “não havia sinais nenhuns a não ser o emagrecimento”. “Uns dias antes de ficar internada, quatro meses antes de falecer”, a fisioterapeuta explicou que a mãe “se sentia muito agoniada”. Pensou, contudo, tratar-se de “uma bactéria no estômago” ou uma intolerância a algum alimento. Ainda assim, decidiu levar a progenitora a um hospital “e não saiu mais”. “Foi um choque”, recordou sobre a doença que já se encontrava numa fase bastante desenvolvida e que, por isso, já não tinha cura.

 

Texto: Alexandre Oliveira Vaz; Fotos: Arquivo Impala, reprodução TVI e redes sociais
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