Os maus tratos sofridos ao longo do casamento fizeram com que a mãe de Cristiano Ronaldo tomasse medidas extremas. Dolores Aveiro revela, em entrevista a Cristina Ferreira, que atentou contra a própria vida. «Tentei por fim à minha vida», conta a matriarca do clã Aveiro, que explica ainda que o falecido marido, Dinis Aveiro, a agredia: «Quando veio do Ultramar, maltratava-me muito».
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Os filhos salvaram-na e foi por eles que foi resistiu. «Prendi-me aos meus filhos e disse ‘vou lutar’. Vou lutar e luto até hoje».
O calvário da violência doméstica nunca afetou Elma, Cristiano, Kátia e Hugo. «Ele era carinhoso para os filhos», recorda Dolores, revelando ainda que nunca se separou «por vergonha».
Dinis Aveiro morreu em setembro de 2005, na sequência de problemas hepáticos e renais. Desde então, a mãe de Cristiano Ronaldo refez a vida amorosa ao lado de José Andrade.
«Sempre fui rebelde»
Aos 63 anos, a mãe de Cristiano Ronaldo leva uma vida desafogada, muito diferente daquela que teve até à idade adulta. Tal como o falecido marido, também o pai era alcoólico. «O meu pai sempre foi uma pessoa que bebia e não tinha responsabilidade alguma. Era mesmo pobreza», conta a Cristina Ferreira. A mãe morreu quando tinha seis anos, o que fez com que Dolores e os sete irmãos fossem entregues a orfanatos.
Aos 12 anos, Dolores fugiu para casa do pai, que tinha voltado a casar. «Éramos treze. Pensei que ia ser melhor mas foi um inferno», recorda, revelando ainda que não foi além da escolaridade primária por decisão do pai. «Passei para a quarta classe mas o meu pai tirou-me da escola». Começou a trabalhar aos 12 anos e, aos 19, já estava casada com Dinis Aveiro e à espera do primeiro filho. «Fiquei grávida e não sabia por onde é que o bebé ia nascer. Depois é que me explicaram como era».
