A propósito da morte da cantora Gal Costa, aos 77 anos, José Carlos Malato partilhou um longo texto a recordar uma história de amor que viveu no passado com uma mulher e que teve as músicas da artista brasileira como banda sonora.
“Era Domingo e estava a despedir-me da adolescência. A Fatinha era a miúda mais gira de sempre. Minha amiga de infância, mas muito à frente de todos nós”, começou por contar.
“Fomos amantes improváveis. Dizia ela que eu não era bem gay. Era, porque era moda. A banda sonora do nosso fugaz amor foi o ‘Dia de Domingo’ de Gal Costa e Tim Maia. Estava enganada. Eu não. Sempre desconfiei que era o que era, sem fechar a porta a toda e qualquer experiência nova. Ainda somos amigos. E amantes, nos dias de domingo. Sou um cão. Mesmo quando fui, sincera e de forma autêntica, um gato”, partilhou o rosto da RTP1.
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José Carlos Malato nunca escondeu a sua orientação sexual, no entanto, só recentemente é que assumiu o primeiro namorado. Tratou-se do músico João Caçador, no entanto, a relação chegou ao fim em 2018.
José Carlos Malato assume-se como não-binário
Em setembro, José Carlos Malato assumiu-se como não-binário perante os milhares de seguidores que tem no Instagram. Mais tarde, decidiu falar sobre o assunto.
“Ser não-binário é uma questão de princípio activista, pelo menos para mim. Acredito que a dualidade masculino/feminino ou outro está presente nos seres humanos apesar da cultura fascista e da sociedade patriarcal a tentarem esmagar. Isso significa que a minha identidade de género e expressão de género não são limitadas ao masculino e feminino. Estão para além desse espartilho maniqueísta”, partilhou.