“Dizia que eu não era bem gay”: Malato recorda tempos em que namorou com uma mulher

José Carlos Malato recorda os tempos de adolescência em que namorou com uma mulher, que não acreditava que ele era gay. “Estava enganada. Eu não”, refere o apresentador da RTP 1.

10 Nov 2022 | 22:00
-A +A

A propósito da morte da cantora Gal Costa, aos 77 anos, José Carlos Malato partilhou um longo texto a recordar uma história de amor que viveu no passado com uma mulher e que teve as músicas da artista brasileira como banda sonora.

“Era Domingo e estava a despedir-me da adolescência. A Fatinha era a miúda mais gira de sempre. Minha amiga de infância, mas muito à frente de todos nós”, começou por contar.

“Fomos amantes improváveis. Dizia ela que eu não era bem gay. Era, porque era moda. A banda sonora do nosso fugaz amor foi o ‘Dia de Domingo’ de Gal Costa e Tim Maia. Estava enganada. Eu não. Sempre desconfiei que era o que era, sem fechar a porta a toda e qualquer experiência nova. Ainda somos amigos. E amantes, nos dias de domingo. Sou um cão. Mesmo quando fui, sincera e de forma autêntica, um gato”, partilhou o rosto da RTP1.

 

José Carlos Malato nunca escondeu a sua orientação sexual, no entanto, só recentemente é que assumiu o primeiro namorado. Tratou-se do músico João Caçador, no entanto, a relação chegou ao fim em 2018.

 

José Carlos Malato assume-se como não-binário

Em setembro, José Carlos Malato assumiu-se como não-binário perante os milhares de seguidores que tem no Instagram. Mais tarde, decidiu falar sobre o assunto.

“Ser não-binário é uma questão de princípio activista, pelo menos para mim. Acredito que a dualidade masculino/feminino ou outro está presente nos seres humanos apesar da cultura fascista e da sociedade patriarcal a tentarem esmagar. Isso significa que a minha identidade de género e expressão de género não são limitadas ao masculino e feminino. Estão para além desse espartilho maniqueísta”, partilhou.

Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes Sociais
PUB