Vera Moura é um dos reforços da segunda temporada de “Amor Amor”, cujas gravações já começaram. Na novela da SIC, será Tânia Patrícia, uma rapariga que não reagiu bem ao divórcio dos pais e à ida do pai para Londres, em trabalho, e entrou numa espiral de rebeldia, dando-se com as pessoas erradas.
Depois de ter começado a andar com um empresário da noite com o dobro da sua idade e de se ter visto envolvida numa rixa numa discoteca, que levou à sua detenção, a mãe, desesperada, decidiu mandá-la, com os avós paternos, para Penafiel. Tem uma espécie de radar para situações complicadas e vai responder ao anúncio de Ângela (Luísa Cruz) para back vocals.
“Está a ser muito divertido e é sempre uma aprendizagem quando se trabalha com pessoas que sempre admirámos, como a Luísa Cruz, a Lídia Franco e o Rui Mendes, entre outros”, conta a atriz Vera Moura, em exclusivo, à TV 7 Dias, assumindo que não se identifica com a personagem. “Não me identifico, mas gosto bastante dela. Sou muito focada e mais terra-a-terra. A Tânia Patrícia é mais aérea e de raciocínio lento. Acho que sou um bocadinho mais perspicaz.”
A personagem terá uma vertente musical, que não será muito bem-sucedida, como ironiza a própria: “Não sei se serão os meus dotes musicais que irão impressionar mais.” Também Vera Moura, no passado, viu a sua voz ser colocada em causa, quando estudava no Conservatório e lhe disseram que não tinha voz para ser atriz. “Acabou por me desafiar ainda mais. Não me deitou muito abaixo porque estava a ir atrás daquilo que queria. E se não deu ali, tinha de dar noutro sítio.”
Neste projeto, a atriz reencontra Filipa Nascimento, a sua rival em “Terra Brava” e uma das protagonistas de “Amor Amor”. “É sempre bom reencontrar colegas com quem partilhámos muitos momentos. Não só a Filipa, mas também a Joana Santos, por exemplo, que já não via há muito tempo, e a Débora Monteiro, que também guardo um carinho enorme por ela.”
Depois de ter terminado “Terra Brava”, a atriz Vera Moura participou na série “O Clube”, da OPTP, na qual mostrou um lado mais sensual. “Acho que mudou mais a forma como os outros me viam como atriz. Lidei bem com a exposição do corpo, sobretudo no genérico, mas fazia todo o sentido, porque servia o papel. Talvez para o público, que só me conhece da televisão… Também já fiz outros papéis que exigiam mais sensualidade, no teatro e no cinema.”
Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Divulgação SIC
(artigo originalmente publicado na edição nº 1790 da TV 7 Dias)