Dança com as Estrelas: Ex-mulher de BADOXA RAPTOU-LHE O FILHO!

Meses depois da separação, Núria disse que ia passar umas férias a Inglaterra e que levava a criança. No dia de Natal enviou uma mensagem ao cantor a dizer que os dois já não iam voltar.

16 Dez 2018 | 19:40
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Sempre com um sorriso meio envergonhado na cara, Badoxa é um dos concorrentes mais bem dispostos desta edição do Dança com as Estrelas. No entanto, camuflado pela sua simpatia, o cantor esconde um drama atual que de há um ano para cá o tem atormentado. Separado da sua ex-companheira há um ano e oito meses, o artista viu-se privado de poder conviver com o pequeno Ângelo, de cinco anos, que foi levado por Núria para outro país. Agora o caso está em tribunal.

A relação entre Edgar Silva, conhecido por Badoxa, e Núria durou cinco anos. No entanto, o amor acabou e, no ano passado, o cantor decidiu colocar um ponto final no namoro, tendo cada um seguido a sua vida. O artista manteve-se pela região de Lisboa e a ex mudou-se para o Algarve com o filho de ambos.

Tudo funcionava bem até que, em dezembro de 2017, Núria informa Badoxa que vai até Londres passar umas férias junto da sua mãe… mas já não voltou. «Eu disse para ela ir, mas que não ia assinar papel nenhum. Ela foi de férias, conseguiu passar com o menino não sei como. Até que chega ao dia 25 de dezembro e conseguiu estragar-me o Natal. Mandou-me uma mensagem a dizer para eu seguir a minha vida que ela ia seguir a dela com o meu filho lá e que não ia voltar mais», revelou em entrevista exclusiva à TV 7 Dias, Badoxa.

 

Oito meses sem ver o filho

 

No entanto, na altura o cantor, de 26 anos, não acreditou que Núria não voltasse para Portugal e esperou até janeiro, altura em que estava inicialmente previsto o seu regresso. Só aí é que percebeu o que se estava a passar e só aí é que Badoxa reagiu. «Fiquei oito meses sem ver o menino. Então avancei para a justiça (…) Não foi fácil. Tive e tenho que aguentar, mas já foi pior, já bati mal, já fui abaixo. A última vez que o vi foi no final de agosto, início de Setembro. Depois ela voltou para Inglaterra. Autorizaram-na a voltar até este processo estar resolvido. Na altura apresentei queixa na polícia, mas eles disseram que não podiam fazer nada», lamenta.

No entanto, Badoxa acusa: «Isto é rapto, mas acho que ela não tem noção do que fez. Na cabeça dela não fez nada de mal, porque o menino está bem. Foi o pior Natal da minha vida.»

Agora o caso está em tribunal e o cantor pretende que o seu filho lhe seja entregue, para morar no país onde nasceu. Até porque, atualmente, ao contrário do que passou na sua infância (já lá vamos), Badoxa pode dar uma boa vida a Ângelo, que poderá ter um quarto só para si na casa do pai, enquanto, segundo o que foi dito à TV 7 Dias pelo cantor, em Inglaterra a criança tem de partilhar o espaço com outros familiares. Além disso, Badoxa quer ainda oferecer ao seu filho todos os bons exemplos que não teve em casa no que diz respeito à paternidade.

Droga, violência e fome

 

Apesar de hoje em dia o cantor apresentar sempre um semblante bem disposto, nem sempre Badoxa teve razões para sorrir. Bem pelo contrário, Edgar Silva teve uma infância “um bocado pesada”, assegura. Nascido numa casa onde, além dos pais, moravam outros 14 irmãos, Badoxa tinha uma vida marcada pela pobreza.

«Passei fome, cheguei a comer comida com bolor. Não morri, estou cá hoje e até me soube bem naquela altura, não posso dizer que não. Eram coisas que o meu pai trazia para casa, porque nós éramos muitos, a comida não dava para todos. Já tive de pedir comida, eu e o resto do pessoal do bairro. Saíamos do bairro, íamos a um senhor que tinha uma churrasqueira. Ao início ainda pedíamos, mas depois já nos metíamos à porta, o senhor dava frango e nós íamos para o jardim. A minha mãe detestava e mandava vir. Também cheguei a comer comida do lixo», assegura, sem pudores.

Além das dificuldades financeiras vividas por aquela família, Edgar teve ainda que lidar com a ausência do pai nos primeiros anos de vida pois este encontrava-se preso quando nasceu. «Acho que tinha dois ou três anos quando ele saiu. Não sei o motivo, a minha mãe nunca me contou», embora suspeite que estivesse relacionado com droga, uma vez que o seu progenitor «foi toxicodependente durante muito tempo. (…) A minha mãe chegou a amarrar o meu pai à corrente para ele não fugir. Só podia sair do quarto para a casa de banho. Lembro-me perfeitamente bem disto».

Nesta altura, tinha Badoxa cerca de oito anos de idade, o pai andava também a arrumar carros e o cantor, por piada, ia atrás para o ajudar, mas «ele chateava-se porque às vezes eu ganhava as gorjetas por ser criança e ele não. O meu pai acima de tudo sempre foi uma pessoa que, quando tinha, era a primeira a pôr na mesa, mas ao mesmo tempo, por causa dos vícios roubava em casa para vender. Foi muita coisa que assisti. Confusões entre o meu pai e a minha mãe, a lutarem. Coisas que evito que o meu filho veja. Eu como pai tenho de dar o exemplo e não quero que ele siga esses caminhos», garante.

Hoje em dia o pai já está livre de drogas e é sucateiro de profissão. No entanto, de vez em quando, tem consigo uma companhia muito especial. “já o ajudei muitas vezes. Pego no meu sobrinho e vamos ajudar o meu pai a apanhar sucata”, revela.

Em choque com a morte da irmã

 

Quem também optou por escolher o caminho da droga foi uma das suas irmãs, com quem Badoxa mantinha uma relação de grande proximidade. No entanto, o destino fez com que os dois se separassem… para sempre e até hoje o cantor recorda esse momento com as lágrimas a caírem-lhe pela cara. «Faleceu de tuberculose em 1999. Esse foi um momento muito difícil porque eu era muito novinho. Quando falaram em tuberculose, não tinha noção do que era. Lembro-me de uma vez de ir ao hospital, só que não me deixaram ir vê-la porque aquilo transmitia-se», relembra.

A última memória que tem da irmã é do dia em que a família recebeu a notícia da sua morte. «A última recordação que tenho é eu chegar a casa, vindo da escola, e vejo a minha mãe a chorar. Não estava a perceber nada, nem sequer tinha noção do que era um funeral. Tanto que quando ela faleceu eu não fui, fugi. Não consegui lidar com aquilo. Só me lembro de ter aparecido à noite em casa. Passei uns três ou quatro dias sem acreditar, mas tive de lidar com isso tudo», contou Badoxa, sem segurar as lágrimas.

Como forma de homenagem à sua falecida irmã, o cantor editou, em 2016, o álbum Memória, um trabalho que pretende enaltecer também a sua mãe “e todas as mães guerreiras. A minha mãe é aquela pessoa por quem eu dou o corpo às balas (…) A minha mãe era a força de todos nós. É a pessoa que dá sempre o cabedal pelos filhos, mesmo que os filhos se portem mal”.

 

Textos: Carla Ventura; Fotos: Reprodução Facebook, Zito Colaço e Paula Alveno
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