Exausta, Dalila Carmo admite estar no seu limite

Na reta final das gravações de Na Corda Bamba, da TVI, a camaleónica atriz confessa que este projeto está a ser particularmente doloroso e que já começa a ser difícil combater o cansaço acumulado.

01 Fev 2020 | 19:50
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A TV 7 Dias assistiu às cenas que marcaram o último dia de gravações de Pêpê Rapazote, como Pipo, na novela Na Corda Bamba, da TVI. Ao seu lado, o ator tinha Dalila Carmo, sua mulher na trama, que em conversa com a Imprensa revelou:

«Construí a minha Lúcia em conjunto com o Pêpê e há uma parte dessa Lúcia que morre com a sua saída. Mas, nestes processos de construções de novelas, estamos sempre preparados para o que possa acontecer e temos sempre uma porta aberta à mudança. Em termos pessoais é triste, porque criamos cumplicidade, são muitos meses de trabalho.»

Porém, se para Pêpê Rapazote foi o último dia na novela, Dalila Carmo ainda tem um mês de trabalho pela frente, já que a
TV 7 Dias apurou que as gravações de Na Corda Bamba chegam ao fim a 12 de fevereiro. O cansaço já começa a tomar conta da atriz.

«Eu sabia que este projeto me ia sair do pelo, mas começa a ser particularmente doloroso ao fim do quarto, quinto mês. É quando começa a doer mais no corpo, e quando eu digo doer é real. O cérebro começa a ficar débil, a não ter a mesma capacidade de resposta, porque realmente é muito difícil gravar entre 100 a 200 páginas semanalmente, não vou negar», contou, acrescentando:

«Ser protagonista de novela é provavelmente a tarefa mais difícil, e, às vezes, inglória, que um ator pode ter, porque o nosso grau de insatisfação e frustração ao final do dia não é baixo. Sou perfeccionista e gosto de repetir as coisas até à exaustão, gosto que as cenas fiquem bem e a esta velocidade é difícil correspondermos na forma como gostaríamos. Mas claro que esta sensação tem a ver com o meu grau de exigência, só fico tranquila quando as cenas vão ao limite, e isto é uma missão pessoal, vivo numa constante corda bamba.»

Apesar de alguma frustração, Dalila faz um balanço positivo e reconhece peremptoriamente que este projeto é o melhor que já fez até hoje. «Adoro esta escrita, fiquei viciada na história, até ao último episódio, que já tive a oportunidade de ler, e posso garantir que me agrada imenso o desfecho da Lúcia, é um final marcante.»

Em contagem decrescente para desfrutar do merecido descanso, Dalila Carmo conclui: «Preciso de férias. Quero parar para fazer um grande shutdown, estou a precisar.»

Sónia Antunes Rodrigues; Fotos: Helena Morais

 

(artigo originalmente publicado na edição nº 1715 da revista TV 7 Dias)

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