Casados… mas pouco: Alexandra Lencastre e Fernando Luís são um casal em “Por ti”

Na próxima novela da SIC interpretam o papel de Isabel e Miguel, um casal cuja vida a dois se tornou num suplício, mas por causa da religião, o divórcio não é opção.

12 Fev 2022 | 9:50
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A novela que tinha como nome provisório “Como Um Rio”,  tal como a TV 7 Dias já noticiou vai chamar-se “Por Ti” e tem estreia prevista para o final de fevereiro ou em março. O enredo principal passa-se em volta do conflito que a construção de uma barragem causa entre duas aldeias da freguesia de Rio Meandro, tendo uma delas de ficar submersa. Mas também é nestas aldeias que se vai dar uma intensa história de amor entre Mia Amado e Afonso Guerreiro, papéis interpretados por Filipa Areosa e Lourenço Ortigão.

Entre os nomes de peso que este elenco reúne, como Dalila Carmo, José Raposo, Rita Blanco, João Reis, entre outros, destacam-se também os de Alexandra Lencastre e Fernando Luís. 

Recentemente o público viu a atriz na pele de Bela, uma feirante com uma vida difícil, na novela Amor Amor, mas Alexandra Lencastre já está a gravar o seu novo personagem na SIC.

Na história  interpreta o papel de Isabel Brito, uma professora primária de 40 anos. Isabel perdeu a virgindade e casou com Miguel (Fernando Luís) por amor. O seu pecado foi absolvido, mas a sua felicidade ficou comprometida. Ela tem fé, mas não a devoção de Miguel à igreja. As missas diárias, as orações de manhã, à tarde e à noite, o jejum na Páscoa, o sexo ‘só’ para procriar tornaram-se num suplício. No entanto, o divórcio  está fora de questão, por isso Isabel coleciona ‘escapes’ para se sentir livre. 

O marido, Miguel, tem 50 anos, é diácono e carteiro. Foi educado numa família católica e apesar de ter percebido, muito cedo, que o pai não seguia tudo o que apregoava, a sua fé nunca foi abalada. Pelo contrário, desde que viu o pai a trair a mãe decidiu ser padre. Mas a sua vocação foi posta à prova por Isabel e numa noite, a tentação foi mais forte do que a razão, com os dois a perderem a virgindade juntos. Miguel sabia que era pecado consumar esse amor, estava arrependido e ia confessar-se, mas Isabel ficou grávida e não havia penitência que expurgasse o seu pecado. Ele tinha de casar e assumir as suas responsabilidades. É um bom marido e pai, mas, no fundo, sempre culpou a mulher por não ser padre. Podia, até, ter sido Papa, na sua opinião. Tornou-se diácono e foi com orgulho que assumiu as missas, casamentos e batizados quando a aldeia ficou sem pároco. Além disso, é carteiro e sempre que vai entregar cartas e encomendas espalha a palavra de Deus, criticando os hábitos pecaminosos dos habitantes.  

Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Divulgação SIC

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