Pedro Crispim é hoje um homem confiante sem medo de dizer o que quer ou o que pensa, mas nem sempre foi assim. O stylist esteve à conversa com Júlia Pinheiro, no programa Júlia, na tarde desta quarta-feira, dia 10 de novembro, e abriu o coração para relatar episódios de bullying que sofreu às mãos de colegas da escola.

A luta contra o excesso de peso foi constante na vida de Pedro e esse facto acabava por resultar em vários momentos desagradáveis entre jovens. A apresentadora confrontou o comentador com um: “Ataram-te a uma árvore, o dia inteiro”. “Sim, o dia inteiro…”, confirmou Pedro Crispim.

“Esse tipo de situações aconteceram várias vezes. Essa foi só uma delas. Era um ataque continuado. Atarem-me a uma árvore, fazerem um corredor e baterem-me até eu cair ao chão… O motor era verem-me no chão, esse era o objetivo. Acima de tudo porque eu me mexia de uma maneira diferente, me expressava de uma maneira diferente da deles.”

“Eu era gordo e era gay”

Pedro Crispim explicou que este tipo de comportamente de devia ao facto de “acumular dois Gs: eu era gordo e era gay”. “Nesse sentido a minha vida social era complicada. Não existia.”

Em casa “até determinada altura contei, eu chegava a casa com algumas marcas”. Já mais velho, Pedro Crispim decidiu poupar os pais e deixou de contar a discriminação de que era vítima: “Já mais velho, na faculdade, deixei de contar, eu só estava a levá-los a ficarem frágeis, eles sofriam muito com o que me acontecia”.

Apesar do sofrimento em que chegava grande parte dos dias a casa, o stylist confessou que nunca deixou de ir à escola. Esta grande força foi buscá-la à avó Carolina que sempre lhe deu o conselho: “O problema é deles, eles que o resolvam”.

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reprodução SIC e Instagram