Como está António Cordeiro? «Tem necessidade de andar SEMPRE ACOMPANHADO»

Numa ação de solidariedade organizada para ajudar monetariamente António Cordeiro, um amigo revelou detalhes sobre a evolução do estado de saúde do ator.

09 Fev 2019 | 9:50
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Foi em setembro de 2018 que António Cordeiro falou publicamente pela primeira vez acerca da dura batalha que enfrenta há cerca de dois anos contra uma doença incurável: Paralisia Supranuclear Progressiva.

Durante uma entrevista a Daniel Oliveira, na SIC, o conhecido rosto das telenovelas portuguesas falou abertamente sobre esta patologia, muitas vezes confundida com Parkinson ou Alzheimer, que lhe provoca rigidez nos músculos e que muito lhe tem condicionado a vida.

Esta quinta-feira, 7 de fevereiro, o nosso site esteve com o ator no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Lisboa, numa ação de solidariedade organizada com o intuito de o ajudar monetariamente, uma vez que os tratamentos têm custos bastante elevados.

Orlando Henrique, amigo de António Cordeiro há mais de 40 anos, foi quem o acompanhou até à sala de espetáculos, uma vez que o artista vive com «muita limitação» e «não pode andar sozinho». «Tem necessidade de andar sempre acompanhado, porque a parte locomotora lhe cria desequilíbrios», confessa-nos.

Mas como vive António Cordeiro o seu dia-a-dia?

Bastante próximo de António Cordeiro desde a adolescência, Orlando revelou que o ator «todos os dias, praticamente, tem fisioterapia e terapia da fala». «Esta doença afeta principalmente a parte locomotora… Ele para a frente até anda bem, mas quando se vira facilmente tem desequilíbrios», partilha.

«Quanto à parte emocional… Claro que isto cria uma espécie de depressão, embora na parte mental ele esteja 100% lúcido, absolutamente consciente de tudo», assegura. Contudo, esta reviravolta na sua vida não tem sido fácil. «Uma pessoa que tinha a vida que ele tinha e agora está limitado na sua ação, a parte emocional também fica afetada, não pela doença em si mas pelo estado em que ele está».

«A doença não evoluiu, o que é ótimo»

Contudo, Orlando Henrique está seguro de que a tendência é para melhorar e que «está bem apoiado na parte médica». «Está com medicamentos diários, anda sempre com a caixinha dos medicamentos… Mas não existe qualquer medicamento nem tratamento específicos para esta doença. Ele foi ao médico esta semana e a doença não evoluiu, o que é ótimo, está estável», disse, de sorriso no rosto.

«Começo a sentir diferença nos últimos dois meses, tem vindo a melhorar muito, isto com o apoio de tudo: medicação, fisioterapia, apoio psicológico, medicamentos, com os amigos e a mulher, Helena. Não há um fator decisivo, há vários fatores», revelou. «Por isso eu estou aqui», disse o amigo, confiante do futuro.

Ao lado de Orlando, para terminar a conversa, António Cordeiro quis dar uma breve declaração: «Estou melhor… Que bom, ainda bem…», sorriu também com os olhos.

Texto: Joana Dantas Rebelo | Fotografias: arquivo Impala e DR
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