“Angustia-me”: Ana Garcia Martins revela sonho que tem com o irmão que morreu

Ana Garcia Martins revelou a Manuel Luís Goucha que se sente “angustiada” com um sonho recorrente que tem com o irmão, que morreu quando tinha 22 anos.

20 Mai 2021 | 21:30
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Ana Garcia Martins, mais conhecida como A Pipoca Mais Doce, contou publicamente, pela primeira vez, o sonho recorrente que tem com o irmão, Tiago, que morreu aos 22 anos, num acidente de viação. A ex-comentadora do reality show “Big Brother” tinha 18 anos. “Ele morreu precisamente na altura em que eu acho que estávamos a começar a nossa relação e a sermos verdadeiramente irmãos, a entrar na fase adulta e a reconhecermos a importância que tínhamos na vida um do outro”, disse, em entrevista a Manuel Luís Goucha, emitida esta quarta-feira, 19 de maio, na TVI.

“Estávamos naquela altura em que finalmente estava a passar aquela parvoíce típica da adolescência e estávamos a ficar cúmplices. Começávamos a ter amigos em comum, a sair juntos, a ser mais amigos e confidentes do que ser aquela coisa parva e típica de irmãos, das disputas e das chatices e das discussões que são absolutamente normais”, recordou A Pipoca mais Doce.

Foi então que Ana Garcia Martins revelou que tem, desde há anos, um sonho recorrente com Tiago que lhe causa “muita impressão”. “O sonho é sempre o mesmo: ele aparece em minha casa com os meus pais, com 22 anos, e não podemos perguntar-lhe [nada], não podemos falar nada, porque se falarmos ele desaparece outra vez. É uma pessoa que está lá, mas com quem não podemos falar”, explica.

Esse sonho, prossegue, é “angustiante”. “Sabemos que aquela pessoa pode desaparecer outra vez. É uma pessoa que está sempre em silêncio, entra nos sonhos e nunca diz nada, nunca explica… É sempre este o sonho, há anos, anos e anos que sonho com o meu irmão e o sonho é sempre este”, desabafo.

“Nunca falei desse sonho. Angustia-me”, prossegue A Pipoca Mais Doce. “É bom [sonhar com o irmão], mas não nesse formato porque parece que é uma coisa que ele aparece quase como que zangado, é uma figura que aparece ali mas com quem não podemos interagir. É estranho…”, rematou.

“Lembro-me das cenas de gritos e de choro”

Em 2006, no dia em que o irmão faria 29 anos, Ana Garcia Martins utilizava o plataforma online com o nome de A Pipoca Mais Doce para relatar o que recorda do dia em que o irmão perdeu a vida. “É a primeira vez que falo dele neste blog, o que é normal. Tento que este espaço seja divertido (atenção, eu disse “tento”), e este assunto não é, de todo, animado”, explicava.

Num texto marcado pela emoção, escreveu: “Foi ontem que o telefone nos acordou às três da manhã, que a minha mãe desatou aos gritos, que o meu pai se voltou a deitar, sem dizer nada, e que eu fiquei ali, de pé no quarto dos meus pais, sem saber qual deles atender primeiro. Lembro-me perfeitamente de as pessoas nos entrarem em casa madrugada fora, das cenas de gritos e choro, de eu adormecer e acordar cedo a pensar que tinha sonhado. De saltar da cama, de perceber que era mesmo a sério, de ir ao sítio do acidente e aí sim, deparar-me com a realidade e com a irreversabilidade da coisa. Um carro completamente destruído, toda a gente a agarrar-me. Deviam estar com medo que me desse uma coisinha má e eu caísse ali redonda, mas eu só queria ver”.

Pode ler o texto na íntegra aqui.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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