André Sardet revela: “Quero virar para o princípio de uma nova fase artística”

Com 25 anos de carreira, o célebre músico acaba de lançar Ponto de Partida. Um álbum repleto de histórias pessoais que conta ainda com uma nova versão de Foi Feitiço com Carolina Deslandes.

18 Dez 2022 | 11:00
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TV 7 Dias – De que se trata este álbum?
André Sardet – É um álbum que quero que seja uma prova de vida e de vitalidade criativa. Ao fim de 25 anos de carreira e de comemoração destes 25 anos é inevitável fazer um balanço, mas em termos artísticos é um álbum que quero virar para a frente e que seja visto, não como o fim de linha, como o princípio de uma nova sonoridade e de uma nova fase artística.

Que histórias relata?
Este álbum não é só autográfico, também tem histórias que conto, e que observo, sobre outras pessoas, mas obviamente tem aqui uma autobiografia. Costumo dizer que a melhor maneira de as pessoas me conhecerem é ouvirem as minhas músicas. Tem aqui alguma parte mais pessoal.

O que canta sobre si e que temas são esses?
Tenho uma música para cada um dos meus filhos. Lembras-me de um Tempo, dedicada ao meu filho, em que eu no fundo olho para ele e lembro-me de como era na minha altura falar com o meu pai, como era ver o Mundo com outra inocência, e tem uma em que penso na minha filha, na fase que ela está a viver, na procura do caminho dela profissional e caminho de vida, que se chama Se eu Te Disser.

Além disso, que sentimentos reflete ainda nestas suas canções?
Um enorme sentido de preocupação em lançar algo do qual me orgulhe e que seja um ato de respeito pelo público que me segue há muito tempo. É uma preocupação minha não lançar nada que não atinja os objetivos. Já deitei muitas músicas fora ao longo da minha vida, algumas gravadas, e achei que teria de ter essa preocupação de não defraudar e fazer com que as pessoas não sintam que não está à altura.

Conta ainda com algumas colaborações…
Tenho com uma canção com a Bianca Barros, Ponto de Partida, que representa uma geração. Ela tem muito talento e é minha amiga há já muitos anos, e achei que fazia todo o sentido gravar esta música com ela. Tenho também um dueto com a Carolina Deslandes, que se entregou de uma forma absolutamente generosa ao Foi Feitiço e deu uma nova dimensão e amplitude ao tema. Tenho um dueto, que foi o meu primeiro single, o Azul do Céu, que lancei em 1996, com o Jorge Palma. Portanto tenho aqui três artistas que representam fases que já passei na minha vida, o Jorge Palma ainda não que é a consagração e o reconhecimento absoluto das pessoas, mas são essas três fases que aqui estão e que representam todos os amigos que criei ao longo destes 25 anos.

Por que escolheu estes nomes?
O Jorge Palma já tinha na cabeça há muito tempo, se calhar por timidez, apesar de me dar muito bem com ele, nunca tinha dado o passo para o convidar, mas ele aceitou logo à primeira. A Bianca achei que as nossas vozes casam muito bem e que seria o ideal gravar com ela. A Carolina é uma artista que admiro muito, e, que eu senti que iria tratar muito bem o meu tesouro mais reconhecido.

De que forma pretende celebrar os 25 anos de carreira?
Tenho várias coisas que vou partilhar com o público desde um documentário que vou lançar sobre a minha carreira, passando também por concertos comemorativos destes 25 anos. No documentário revelo uma parte do meu arquivo pessoal de imagens inéditas do tempo em que tocava em bares, quando fui pela primeira vez à televisão, pessoas mais conhecidas e menos que contam historias sobre mim.

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Texto: Telma Santos (telma.santos@impala.pt); Fotos: Divulgação
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