Ameaças e socos: Concorrente do “Big Brother Famosos” acusado de violência doméstica

Pedro Pico, concorrente do “Big Brother Famosos”, é acusado de violência doméstica por um homem que se diz seu ex-companheiro. Em causa, alegadamente, estão ameaças de morte e socos na cara.

28 Fev 2022 | 22:08
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O concorrente do “Big Brother Famosos” Pedro Pico já foi acusado de violência doméstica. Nas redes sociais, a propósito da entrada da drag queen na casa mais vigiada do País, um homem que se diz ex-companheiro do empresário afirma que o próprio o ameaçou de morte e lhe deu “socos” na cara.

“Eu salvei a minha vida, porque tive coragem de pegar no telefone e gravar todas as ameaças de morte da parte dele”, escreve o ex-companheiro do concorrente do “Big Brother Famosos” nas redes sociais, cuja identidade optamos por não revelar. “Foram gravados os socos que eu levei na cara porque ele não esperava que eu estivesse a gravar”, acrescenta.

O suposto ex-namorado de Pedro Pico diz ainda, no mesmo comentário partilhado no Instagram, que “a polícia chegou dez minutos depois” de ter sido chamada e que chegou a estar “trancado na casa de banho” para se proteger das alegadas agressões do concorrente do “Big Brother Famosos”.

“Estavam pelo menos duas pessoas a ouvir isso. Uma delas mentiu em tudo no tribunal. Outra nem sequer foi chamada. A primeira negou tudo. Pois não sabia que apareceu nas gravações”, alega ainda.

O alegado ex-companheiro do concorrente do “Big Brother Famosos”, termina com um desabafo: “Se uma pessoa pode fazer isso com o seu marido, a pessoa que pela lei deve ser protegida e amada… não sei o que pode acontecer com outras pessoas que não são da família. Pelo menos, há câmaras que podem salvar a vida dos outros”, afirma, referindo-se à casa do “Big Brother Famosos”.

“Eu não tive essa proteção nos piores momentos da minha vida. Consegui gravar um dos piores momentos”, termina.

 

Concorrente do “Big Brother Famosos” acusado de maus-tratos a empregados

 

Mas há mais. Assim que Pedro Pico entrou na mansão da Malveira, as redes sociais encheram-se de relatos de pessoas que trabalharam com ele no Drag Taste, empresa criada pelo concorrente do reality show da TVI em 2019, que o acusam de as ter mal-tratado.

“Não foram poucos os dias em que o trabalho chegava às 16 horas diárias e em que as minhas folgas eram retiradas ao último minuto, tendo que me maquilhar em 25 minutos ou fazer diretas para trabalhar. O staff era constantemente maltratado e falado com condescendência. Fui das primeiras pessoas a expor estas situações, tendo sido respondido com desrespeito. Estando num ambiente constantemente tóxico, onde estava sempre presente o estado de embriaguez do responsável, as coisas foram escalando, havendo reuniões com ameaças, gritaria e mais faltas de respeito. Numa última reunião, convocada apenas para despedir mais de metade da equipa sem razões plausíveis, falei com o responsável à parte sobre os meus direitos de imagem do musical, que até hoje ainda usa sem pagar. Numa explosão de gritos fui humilhado perante todo o staff sendo chamado de vaca, nojenta e ladra, para o espanto de toda a gente”, aponta uma drag queen que trabalhou com Pedro Pico naquele espaço, que mistura que mistura experiências gastronómicas com espetáculos.

Uma outra atira: “Houve manipulação ao ponto de acreditar solenemente que não tinha vida para além do trabalho. Naquela empresa não havia uma forma boa ou pacífica de sair. No segundo em que mostres sinais de que estás a repensar a situação ou à procura de outra oportunidade, é considerado uma traição”.

Uma terceira descreve: “Fui convidado para trabalhar na Drag Taste quando ainda era um pequeno núcleo no LX Factory e entristece-me saber que nada mudou dos bastidores. Muitas das vezes, durante a semana, comíamos comida azeda que sobrava dos brunches do fim de semana passado, comida onde todos tocavam. O abuso verbal que o fundador da empresa fazia com o seu marido, o assédio constante ao staff, o desrespeito pela arte e pela história, banalizando-a por dinheiro. Os contratos prometidos que nunca ninguém assinou, a estrutura, organização da empresa e de eventos que roubou a uma funcionária que nem foi paga para o fazer e que descartou mal teve um plano para usar”

E uma quarta, que diz que ter depositado a sua “confiança no proprietário foi um grande erro”. “Trabalhava para a Drag Taste em full time, sete dias por semana e dormindo apenas três horas por dia. Durante dois anos não tive folgas nem férias. O proprietário disse-nos que a palavra ‘cansaço’ era proibida na empresa. Foi terrível ver cerca de 20 Drag Queens a trabalhar com a empresa em tempos diferentes, a serem despedidas e tratadas de forma horrível, e quando saíam a sua imagem era denegrida, o que agora me aconteceu também, com o proprietário a dizer coisas terríveis sobre mim e as minhas irmãs, acusando-as de roubo. Nem durante os seus dias de alcoolismo considerei em roubar alguma coisa”, remata, sobre o concorrente do “Big Brother Famosos”.

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Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais
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