Alberta Marques Fernandes: «Tive uma arma apontada à cabeça»

Convidada em O Programa da Cristina, Alberta Marques Fernandes recorda o dia em que se tornou no primeiro rosto da SIC, canal que diz ser o grande amor da sua vida.

26 Jul 2019 | 21:50
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Convidada de Cristina Ferreira, Alberta Marques Fernandes voltou à SIC para recordar o dia em que se tornou no primeiro rosto do canal.

«Então foi um estagiário que abriu a porta?», perguntou Cristina Ferreira, depois de a jornalista contar que era estagiária quando Emídio Rangel a desafiou a inaugurar o novo canal em Portugal. Estávamos no dia 6 de outubro de 1992 e Alberta Marques Fernandes tinha 24 anos.

Numa conversa emocionada, a jornalista, que agora assume as tardes da RTP3 – «estou mais escondida», diz – recua até ao momento em que concretizou o sonho de estar num cenário de guerra. «Cheguei à Bósnia e a guerra tinha acabado há muito pouco tempo. Foi no ano de 1996. Foi um ano que me marcou muito», diz Alberta Marques Fernandes que, na altura, tinha a mãe doente. Foi ela quem a incentivou a ir. «Era uma mulher corajosa e sabia que era importante para mim e aguentou-se. Deu um grande exemplo do que é ser mãe mesmo sabendo dos perigos», diz, acrescentando: «Fui assaltada com uma arma na cabeça. Naquele momento, pensei ‘já fui’, mas depois a coisa passou. Obrigaram-me a voltar e eu queria muito ficar e voltei a Sarajevo»

Assumindo que a vida gosta de a «pôr à prova», Alberta Marques Fernandes admite que passou «por um ciclo demasiadamente longo com muitas perdas». Perdeu os pais muito cedo, sendo que a mãe morreu um mês antes de se casar. «A minha mãe não queria que eu alterasse a data e assim foi. Só que logo depois tive a gravidez da Luísa, que correu de forma complicada, ela foi prematura, teve uma meningite aos três meses de nascimento», diz.

E, um ano e meio depois de se casar, a jornalista sofreu um duro revés, o divórcio de Rui Agapito. «Zanguei-me com Deus quando me divorciei, porque sou católica e casei-me pela igreja, acreditando que Deus ia abençoar o meu casamento», afirma.

 

SIC é o grande amor

 

Hoje, diz que tudo faz sentido por causa da filha, que completa 19 anos em setembro. «Ela saiu melhor do que eu imaginava», admite a jornalista da RTP que, um dia, tomou a decisão de ter menos visibilidade para poder estar mais tempo com Luísa. Desafiada por Cristina Ferreira para voltar à casa que a viu nascer, Alberta Marques Fernandes deixou claro: «A SIC foi o grande amor da minha vida, não há amor como o primeiro. Tive dez anos lá e foram muito intensos. Nós somos uma família. Ainda hoje, nós fundadores, encontramo-nos. Mas eu estou de bem com todas as escolhas que fiz. A escolha de me manter num horário diurno para poder acompanhar mais a filha e ficar mais escondida», garante.

Visivelmente mais magra, Alberta Marques Fernandes assumiu que há um ano teve «um pequeno AVC» que a obrigou a deixar de fumar. Foi ainda surpreendida com um vídeo da filha, Luísa, que se confessou «muito orgulhosa« da mãe, e ainda com a presença em estúdio de dois dos quatro irmãos,

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Texto: Rita Montenegro | Fotos: Arquivo Impala e Reprodução Redes Sociais
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