A Crónica da Agricultora: «A Dalila adora estragar a harmonia da quinta»

Inês Martins analisa mais uma semana de emoções fortes nas quintas de Catarina, Ricardo, António, Francisco e João, os agricultores da terceira temporada do rurality show da SIC.

22 Jun 2020 | 18:50
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A cronista da TV 7 Dias Inês Martins analisa mais uma semana de emoções nas quintas dos agricultores.

Esta semana gostei da atitude do João. Foi finalmente um homenzinho e mostrou maturidade ao assumir no encontro com a Cláudia que estava a começar a sentimentos mais fortes pela Dalila. Diz ele que lhe soube tão bem desabafar e ser correto! É como se lhe tivessem tirado 20 quilos de cima.  Mas Cláudia promete continuar na luta de o conquistar.

Desta vez parece-me ser nesta quinta a grande luta pelo troféu. Não se quer conquistar um amor mas sim um prémio que nem existe.. As pessoas não entendem bem o verdadeiro fundamento do programa. É um programa onde devemos conhecer-nos e, quem sabe, encontrar um possível amigo ou amor para a vida. Andam ali na luta como se uma pessoa se tratasse de um objeto.

Quando os dois chegam do encontro e se sentam à mesa com Dalila e Mafalda eram de prever as bocas, indiretas e o questionário de uma menina birrenta armada em ciumenta controladora. Estou a falar da Dalila… claaaro! Uma mulher quando ganha amor próprio tem confiança nos seus poderes de sedução, não necessita pisar outra para ganhar a atenção de um homem.

Acho que a Dalila demonstra muito falta de confiança nela com aquelas atitudes. Podia marcar o seu território sim, mas dando abertura ao João de contar se quisesse e até podia mostrar lhe algum ciumezinho saudável e que está ali para ele. Para isso, basta um olhar ou umas indiretazinhas suaves. Não aquele mau ambiente e picardia maldosa. Mas ela adooora ser desagradável e estragar a harmonia da quinta.

Mais uma prova disso, e continuando a falar da personagem maquiavélica desta novela mexicana…  No meio do trabalho da quinta,  Dalila faz de tudo para chamar a atenção do João. Em cada minuto, chama pelo João umas 10 vezes. Que enjoamento, mulher! Esta miúda tem perfil de quem vai fazer do nosso agricultor alentejano um cãozinho atrelado e com açaime. É um controle e ciúmes doentios.

Não é saudável para nenhuma relação. Sei do que falo. Chega a um ponto que, por muito amor que haja, sufoca.
E para não variar… Dá se mais uma discussão na quinta. É que a mulher puxa mesmo o assunto durante um simples trabalho do campo. Ai João como a aturas ? Tenho cada vez mais pena da Mafalda e da Cláudia. Que má harmonia que está miúda cria num lar familiar.

Fiquei tão encantada com o Ricardo!

A Mafalda esta semana começou com uma limpeza de pele no seu chefinho.  O momento zen ao chefinho não tardou a ser um suposta tortura. Quer dizer, pensavam elas que ia ser tortura, depilar aquela selva de pêlos do chefinho mas afinal revelou ser mais um miminho. Porque, incrivelmente, nem uma careta fez com os puxões das bandas de cera. Como assim?

Uau, que resistência à dor! Fiquei estupefacta. Devido a este miminho da sua Mafalda, ambas as meninas ficaram a ganhar com um jantar fora. Tão contentes, finalmente vão deixar de procurar fósforos na cozinha e o chefinho vai levá-las a um restaurante. Calculando elas que poderia ser um lugar chique, vão escolher a sua melhor vestimenta.

Mas vindo do louco do porta chaves será que não é mais uma partida dele? Eu já tinha ficado de pé atrás. Claro que elas descobrem mal ele as enfia no carro e lhes vai abrir a porta sem sair o carro do lugar. O que eu me ri. Afinal, o jantar fora era um piquenique dentro da quinta. E ia a Mafalda de salto agulha! A Sandra com o pé atrás porque, há uns tempos, ele a levou a ver o ganso ia apenas de ténis.

Durante o piquenique, além da brincadeiras da Mafalda, gostei dos assuntos que se abordaram. Ficaram-se a conhecer um pouco melhor em relação a relacionamentos. Bem, a Mafalda subiu mais ainda na minha consideração numa parte da conversa a defender a Sandra. Nesta quinta sim não existe rivalidade. É a melhor forma de encantar realmente um homem.

Mostrar a sua personalidade sem precisar pisar outra mulher. Quando o Ricardo fala das qualidades de Mafalda… uau! As coisas que ele já descobriu nela incríveis e aquele olhar? Tão derretido tão genuíno. Ele conhece-a tão bem que tudo o que falou nela flui de forma tão bonita. Fiquei tão encantada com ele.

Adorei a Sandra a falar sobre as qualidades e defeitos do nosso porta chaves e concordo tanto com ela. Uma coisa que reparei durante o diálogo é que ela não olha nos olhos do agricultor, talvez por timidez ou falta de confiança. Algo que tem de trabalhar um pouco nela. Existe muita falta de amor próprio e ela, além de linda, tem tão bom diálogo… devia ser mais confiante.

A Mafalda é um anjo que apareceu na vida do nosso Ricardo

Voltando ao chefinho: a Sandra chamou-o de educado, carinhoso com os animais e um homem como poucos, que só falha no facto de ter praticamente desistido de fazer parte do crescimento do filho. Mas diz ele e muito bem que ainda está a tempo e que nos podemos sempre redimir. Não será algo fácil agora. Vai depender um pouco da forma como o filho o recebe ou o vê, mas acredito que estamos sempre a tempo de reatar uma relação, principalmente entre pais e filhos.

Chega a parte da Mafalda falar dele e deixa o seu chefinho a olhar para ela com aquele seu olhar tão doce. Para este momento, a frase que ele usa imensas vezes encaixa na perfeição. É bom demais.Diz ele que a Mafalda será daquelas mulheres que ele nunca mais vai conseguir encontrar. Não vejo um amor a nascer entre estes dois mas sim daquelas amizades para a vida, isso sim tenho a certeza.

A Mafalda é um anjo que apareceu na vida do nosso Ricardo e vai lhe fazer tão bem na sua evolução e crescimento daqui para a frente. Ela, além de nos transmitir tão boa energia com a sua personalidade, tem tanta sabedoria dentro dela para nos transmitir. Incrível esta mulher!

No momento que pintam os nomes dos cães da quinta nos comedouros e falam sobre o seu passado, Sandra diz três palavras e Mafalda sendo Mafalda interrompe com a sua opinião. Além disso, com a sua hiperatividade já conhecida, descobre sons e música nas comedouros que estão a pintar. Não acho que a Mafalda o faça por mal e se a Sandra se sente de parte, devia fincar o pé e se for preciso pregar um berro e dizer ‘agora estou eu a falar’.

Mas ela retrai-se e esconde-se no silêncio dela. Então não se queixe nas costas dos dois.  O Ricardo olha para onde há animação e conversa. Se calhar, para cativar o Agricultor, ela teria de se esforçar um pouquinho mais e levantar a voz ou mandar uma piada de vez em quando também. São duas mulheres muito diferentes mas ambas com as suas qualidades especiais.

Maria João não tem sentimentos fortes pelo agricultor

Na quinta do Francisco, o Agricultor superou o medo das alturas para agradar à sua já amada Maria João.
Continuo a achar que ela não gosta dele. Parece ser grande sacrifício receber os mimos do Agricultor. Sim, sei que há pessoas diferentes em questão de dar e receber afecto, mas não vejo ali nada muito forte da parte dela.

Chega a casa e começo a ver que Yasmyni já desistiu do agricultor e até torce pelos dois. Pelo menos com as atitudes dela é o que parece. Mas será? Tudo muda a qualquer momento nestas histórias de amor no campo. A convivência de 24 horas sobre 24 horas faz nos viver tudo intensamente. É que num dia não se passa nada é tudo muito insignificante e no outro pode ser tudo e crescerem novos sentimentos.

E foi o que aconteceu quando o alarve do Francisco puxa Yasmyni para conversar sobre um futuro a dois e de repente lhe espeta um beijão. Como assim? Eu vi bem?

Ai, fiquei tão desiludida! Se não visse o Francisco já tão encantado com a Maria João nem estranhava mas ai! Fiquei tão de boca aberta. É logo assim? E pior. A maior falta de respeito e, para mim, nem usou o cérebro naquele momento…  À frente da Maria João. Sério?

Mais João viu fez birrinha e tal mas pareceu-lhe assim insignificante por seja. Lá está, o que eu estava a dizer. A meu ver, Maria João não tem sentimentos fortes pelo agricultor.  A mãe do Francisco visitou o filho para conhecer as duas meninas, ensinou-as a fazer arroz doce e deu lhe algumas dicas sobre uma boa relação. Quando tentou entender qual das duas meninas se identificavam mais com o seu filho, pareceu-me imaginar mais a Maria João entrar neste mundo da agricultora por ser mais desenrascada.

Respeito a opinião da senhora, claro. Só continuo a achar que não se está à procura de agricultoras neste programa mas sim de alguém que ame e se enquadre mesmo com profissões diferentes. Será que se eu me me apaixonar por um mecânico tenho que aprender a mudar as válvulas e a sujar as mãos de óleo para ser uma boa esposa?

 

Não tarda lá anda o António a enfiar mãos na Aurélia

O agricultor António convida a Susana para um encontro e Neuza prepara uma partida com latas atadas no carro. Aiii que momento tão artificial. Eles parecem maus actores a falar. Diz a Susana:’ Ai António já não podemos ir, o carro está estragado’.  Ai, onde está os momentos e reacções naturais?

Aqueles momentos inesperados que nem se lembram que estão com câmaras à sua volta. Porque sim, eu tive muitos momentos desses onde vivia e esquecia completamente as câmaras. Mas saem momentos mais genuínos do que assim é.  Não achei nada de especial o encontro. Não falaram nada de novo.

Chegam à quinta e vão trabalhar para o campo e agora sim dá-se uma reviravolta. Chega uma nova mulher, Aurélia, uma senhora loira com ar de poderosa vinda lá de cima, com atitude e muita vontade de conquistar o agricultor. Tanta tanta que, até de saltos altos, agarrou-se à enxada e mostrou que tem força. O António ficou mesmo surpreendido ao ponto de dizer que ela faz mais que muitas máquinas.

Além disso, parece-me fazer bem o estilo do agricultor charmosão. Ai ai que, nas próximas semanas, vamos ver esta quinta com mais reboliço.  Não tarda lá anda ele a enfiar mãos na Aurélia. E Susana e Neuza a pregar-lhe partidas.Pois, parece-me que não vai ser fácil derrubar uma mulher do Norte cheia de garra

Sorte a do homem que tiver uma mulher como tu ao lado

Na quinta da nossa Catarina, chega o dia da organização de um grande baile onde o Bruno brilhou e encantou. Simplesmente transformou-se. A pista era toda dele. Foi a animação da festa da quinta da nossa agricultora e certamente de todos os que viram deste lado do ecrã. Esta quinta que já me andava a desanimar em relação ao teatro constante.

Vi agora um grupo divertido a ser eles próprios sem grandes fantochadas.  Andreia Rodrigues vai à quinta falar com a Catarina. Desmanchei-me em lágrimas com o assunto que abordaram. Acredito que existem muitas mulheres que ouvem a Catarina e se identificam com a sua dor. Só apetece saltar para dentro do ecrã e abraçar aquela mulher de força com o coração destroçado por um percalço do seu caminho. Por muito que nos queiramos agarrar à esperança, há momentos em que desabamos e vemos os nossos planos a escapar-nos com o passar dos anos.

Existem milagres, Catarina. Confia que mereces e não percas a esperança, porque mereces, mesmo muito. E quando o caminho não nos presenteia com os nossos desejos, acredita que haverá outros caminhos que te farão feliz. Nunca desistas. Sorte a do homem que tiver uma mulher como tu ao lado e quem ama de verdade aceita-nos com todas as nossas malas que trazemos do passado.

 

Texto de opinião de: Inês Martins, empresária e ex-candidata de Quem Quer Namorar com o Agricultor

 

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